No dia 30 de dezembro de 2022, o governo Bolsonaro tentou reaver mais uma vez o conjunto de joias retido pela Receita Federal em outubro de 2021 por falta de documentação. Naquele dia, um servidor da Secretaria Especial de Administração da Presidência da República recebeu dois telefonas de integrantes do governo para tentar liberar os bens.
O servidor Clóvis Félix Curado relevou as informações em depoimento à Polícia Federal (PF) no dia 12 de abril. O primeiro telefonema que ele recebeu foi do ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid, e o segundo foi do Secretário Especial da Receita Federal, Júlio Cesar Vieira Gomes.
Em ambas as conversas, Clóvis foi informado das tentativas anteriores e que a retirada das joias deveria ser solicitada pelo órgão do qual é servidor, a Secretaria Especial de Administração.
“O depoente informou que era preciso que fosse realizado um encaminhamento formal da situação e do pedido, para que pudesse ser realizada a análise técnica devida e, somente então, seria decidido se era caso de fazer um pedido formal de incorporação dos bens retidos na Receita Federal para a Presidência da República”, relata parte da transcrição do depoimento.
Clóvis reforçou a necessidade do procedimento formal ao invés de um pedido por telefone. Após os telefonemas, o servidor comentou que não voltou a ser procurado por Mauro Cid ou por Júlio César para resolver a situação.
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Com informações do UOL.
Foto: Reprodução/Twitter
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