O que está em jogo no julgamento do STF.
Por RODRIGO R. BARBOSA*
No próximo dia 30 de maio de 2025, o Supremo Tribunal Federal voltará a analisar o Recurso Extraordinário 1238853, que discute a possibilidade de candidaturas independentes no Brasil. O tema, de repercussão geral, foi levado ao plenário após a negativa da Justiça Eleitoral a uma candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro sem filiação partidária — o que reacendeu o debate sobre a representatividade real no sistema político nacional.
A discussão vai além do jurídico. Trata-se de um momento histórico que poderá abrir caminho para que lideranças autênticas — surgidas de territórios, comunidades e experiências locais — possam disputar eleições de forma direta, sem a intermediação obrigatória dos partidos políticos.
O Brasil é um dos poucos países democráticos do mundo que impede seus cidadãos de se candidatarem sem partido. E essa restrição tem contribuído para a manutenção de estruturas de poder muitas vezes distantes da realidade das populações que deveriam representar.
Ao permitir que vozes legítimas possam emergir a partir dos municípios — onde a política é feita no dia a dia, na escola, no posto de saúde, no campo e na praça —, o STF pode contribuir para oxigenar a democracia brasileira, devolver o protagonismo às bases e renovar o pacto político nacional.
*Rodrigo Rocha Barbosa é empresário e articulador de projetos de desenvolvimento territorial. Sócio da VideiraInvest e conselheiro da Tribuna da Imprensa, atua com foco em sustentabilidade produtiva, inovação local e apoio a produtores rurais.
Foto de capa: Plenário do STF /SCO/STF/Agência O Globo
Respostas de 3
Artigo mto bom
Sou contra. Já tem um monte de sacanas oportunistas nos partidos de faixadas, mas pelo menos sabemos qur são. Imagina sem partido? Fi a mais fácil enganar o povo.
Tenho pensado muito na estrutura partidária vigente e me preocupa esta nova onda de fusões, federações, extinções, etc…sem muito constrangimento de ordem programática ou de princípios.
Alguns arranjos estapafúrdios com que finalidade?
É pra se pensar seriamente qual a perspectiva de mudanças estruturais neste cenário.
Portanto, observemos e participemos do debate no STF, pois os parlamentos nem se longe pensam em reforma política neste momento.
A ver.