Abstenção pode chegar a 22% e prejudica mais eleitores de Lula que de Bolsonaro, mostra IPEC

Pesquisa IPEC perguntou sobre chances de não ir votar: 22% dos eleitores podem faltar às urnas. 

Os receios das campanhas eleitorais de Lula e de Bolsonaro sobre a abstenção, ou seja, de os eleitores não comparecerem às urnas no próximo 30 de outubro, encontram razão nas pesquisas.

“Gostaria de saber qual é chance do(a) sr(a) deixar de ir votar porque nenhum dos dois merece que você saia de casa para isso?”, perguntou o IPEC a 2 mil eleitores, entre os dias 8 a 10 de outubro. 7% deles responderam “muito alta”, 6% responderam alta e 9% responderam “média”.

Na prática, isso significa que 22% dos eleitores podem faltar às urnas, não votar. E outros 5% não responderam ou não souberam responder. Este número supera a abstenção registrada no primeiro turno, que já foi alta: de 20,9%, o então maior percentual desde 1998.

Resultados pesquisa IPEC de 10 de outubro.

Abstenção é superior nos eleitores de Lula do que de Bolsonaro

Quando verificada a estratificação desse eleitor, os números ameaçam prejudicar mais Lula do que Bolsonaro.

Isso porque os patamares dos que afirmam chances “alta” ou “muito alta” de não ir votar são maiores entre os eleitores de até 1 salário mínimo (19% de chances somadas), os que têm até o ensino fundamental (15%) e nordestinos (15%) – o eleitorado de Lula.

Em amarelo, porcentagens mais altas do que a média dos demais.

 

Em vermelho, porcentagens mais baixas do que a média dos demais.

 

Já os públicos predominantemente eleitores de Bolsonaro têm os menores índices, ainda que altos, de chances alta e muito alta de abstenção: Evangélicos (12%), com ensino superior (9%) e mais de 5 salários mínimos (9%).

Leia o relatório completo aqui.

 

Em GGN.

Notícia publicada originalmente aqui.

Imagem em Agência Brasil.

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