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TRF-4 erra ao informar prisão preventiva de Tacla Duran. Família do desembargador responsável pelo caso tem relações com Moro

TRF-4 erra ao informar prisão preventiva de Tacla Duran. Família do desembargador responsável pelo caso tem relações com Moro

Politica por RED
15/04/2023 15:00 • Atualizado em 15/04/2023 14:17
TRF-4 erra ao informar prisão preventiva de Tacla Duran. Família do desembargador responsável pelo caso tem relações com Moro

O Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4) informou na sexta-feira, 14, que está errada a informação sobre o restabelecimento da prisão preventiva do advogado Rodrigo Tacla Duran. O novo pedido  foi feito pelo desembargador Marcelo Malucelli, responsável pelos processo da Lava Jato no TRF-4. De acordo com o tribunal, houve um erro no texto.

Tacla Duran investigado pelo seu envolvimento com as empreiteiras Odebrecht, UTC e Mendes Junior. A informação errada foi divulgada na quarta-feira, 12.

“Em relação à decisão ela é eminentemente técnica e em nenhum momento tratou da prisão deste réu (Tacla Duran). Não foi decretada prisão dele. No mais trata de questões de sigilo. Isso inclusive já foi comunicado ao oficialmente ao STF”, explicou o desembargador em nota.

Em março, o pedido de prisão do advogado, feito em 2016, havia sido revogado pelo juiz 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio. Na decisão, o juiz explicou que houve inversão do direito de presunção de inocência. O decreto errado de prisão feito por Malucelli iria desfazer tal conclusão.

Repercussão no tribunal

Mesmo havendo o erro, a decisão não deixou de ser questionada. Ainda na quarta-feira, o juiz Eduardo Appio encaminhou um despacho a Malucelli. O documento questiona o teor da decisão e aponta que “nenhum tribunal ou juízo inferior ao Supremo Tribunal Federal [deve tomar] tome decisões judiciais referentes às ações penais suspensas e seus correlatos”.

Appio lembra que Tacla Duran é testemunha protegida em um processo no STF que investiga a denúncia de extorsão feita pelo advogado contra o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (União-PR) durante a Operação Lava-Jato.

O caso estava com o ministro Ricardo Lewandowski que decidiu na segunda-feira, 10, que as investigação contra Moro permanecem no STF. Na terça, 11, ele se aposentou e o caso irá ser repassado para o seu substituto. O pedido errado de prisão preventiva saiu no dia seguinte, 12.

Relação com Moro

O desembargador Marcelo Malucelli é pai do advogado João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, que pertence a Sérgio e Rosângela Moro.

De acordo com jornal GGN, o desembargador é próximo de Moro e o maior revisor das decisões do juiz Appio. Além do caso de Tacla Duran, o desembargador pediu a soltura do doleiro Alberto Yousseff após o juiz determinar a prisão.

Malucelli também manteve a posse de seis carros de luxo do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha depois que Appio ordenou a devolução e apreensão dos bens.

Já o filho, o advogado João Eduardo Barreto Malucelli, além de sócio, também é genro de Moro e trabalha no gabinete do deputado estadual do Paraná Luiz Fernando Guerra (União). Guerra é irmão do suplente de Moro no Senado Federal.


Com informações do Jornal GGN.

Foto: Reprodução

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