Vice-líder do governo recolhe assinatura para CPI sobre joias; PF adia depoimento de ex-ministro de Minas e Energia

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O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Rogério Correia (PT-MG), e o deputado Túlio Gadelha (Rede-PE) estão em busca das 171 assinaturas necessárias para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso das joias enviadas pelo governo da Arábia Saudita para o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em declaração publicada pelo Congresso em Foco, Correia acredita que as joias não presentes, mas sim pagamentos de propina em troca de negócios com o governo brasileiro. O deputado também quer apurar a pressão exercida em órgãos públicos para a liberação das joias na Receita Federal.

Venda de refinaria

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, chegou a apontar que as joias são propina pela venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, a um fundo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos. Entretanto, as joias foram dados pelo governo da Arábia Saudita.

Em novembro de 2021, mesmo mês da venda da refinaria, Bolsonaro se encontrou com o sheik Mohammed bin Zayed, dono do Mubadala Capital. Além da refinaria, o fundo também comprou a empresa que opera o Metrô do Rio de Janeiro.

A Mubadala Capital também comprou a fatia majoritária da Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia detentora de plataforma de negociação eletrônica no mercado brasileiro. A compra foi anunciada no dia 06 de fevereiro.

Depoimento adiado na PF

Antes de uma possível CPI, o caso das joias já está sendo investigado pela Polícia Federal (PF), Ministério Público, Controladoria-Geral da União e Receita Federal.

A PF adiou o recolhimento dos depoimentos do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque que estava marcado para esta quinta-feira, 9. O adiamento foi feito após pedido dos advogados do ex-ministro. O ex-assessor do governo Marcos André dos Santos Soeiro também será ouvido no inquérito que apura a entrada das joias árabes.

O caso

No final de outubro de 2021, a comitiva formada pelo ex-ministro Bento Albuquerque, o ex-assessor Marcos André dos Santos Soeiro e o também ex-assessor Christian Vargas, voltou ao Brasil após viagem a Arábia Saudita, representando o governo brasileiro.

Na alfândega do Aeroporto de Guarulhos, foi apreendido um conjunto de joias femininas (colar, anel, relógio e par de brincos de diamantes), avaliado em R$16,5 milhões, dentro da mochila de Soeiro. Além de uma escultura de um cavalo dourado.

Segundo Albuquerque, as joias eram um presente para Michele Bolsonaro. Como não havia a documentação necessária, o bem foi retido pela Receita. Após a apreensão, foram feitas oito tentativas de retirada das joias, todas sem sucesso por não seguir o trâmite legal.

A entrada do segundo conjunto de joias, desta vez masculinas (relógio, par de abotoaduras, caneta, anel e masbaha), está sendo apurada pelo PF e pela Receita Federal. Os itens entraram sem serem declarados e só foram destinados ao acervo da Presidência da República mais um ano depois da viagem.


Com informações da Agência Brasil.

Foto: Reprodução

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