17h30
Horas após Pedro Castillo se pronunciar a respeito da decisão de dissolução do Congresso e convocação de novas eleições no Peru, como pode ser lido nesta matéria da RED, o então presidente teve sua destituição aprovada pelo Congresso na tarde desta quarta-feira, 7. A Polícia Federal peruana, chamando Castillo de ex-presidente, ainda informou que o político foi detido.
O Legislativo do país ignorou a ordem de dissolução e aprovou a moção de vacância do político populista, e convocou a vice, Dina Boluarte, para tomar posse como presidente ainda nesta tarde. A moção, uma espécie de impeachment, foi aprovada com 101 votos a favor, 6 contra e 10 abstenções – eram necessários 87 votos para a aprovação.
A dissolução do Congresso é um instrumento válido no sistema peruano. Castillo, que já passou por duas tentativas de destituição, tentou se antecipar à sessão marcada para esta quarta em que Parlamento analisaria um terceiro pedido.
Segundo Castillo, em seu pronunciamento, a medida anunciada foi tomada pensando em restabelecer o Estado de Direito e a democracia. Considerada autoritária pela imprensa e oposição, ainda que possua embasamento constitucional no Peru, ela já foi tomada por alguns presidentes em ocasiões anteriores no país.
Desde o início da gestão, em meados de 2021, o líder d esquerda tem dificuldades para governar e formar alianças no Congresso, sendo alvo de denúncias nunca comprovadas. Segundo o Instituto de Estudos Peruanos, Castillo tem hoje 28% de popularidade, mas a mesma pesquisa aponta que mais de 80% da população está insatisfeita com o Congresso.
Com informações da Folha de São Paulo.
Imagem – reprodução do pronunciamento de Castillo.
