O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou neste sábado (28) que o governo aprovou a ampliação da invasão de Gaza “por unanimidade” e que aqueles que acusam o país de cometer crimes de guerra são “hipócritas e mentirosos”.
“A guerra dentro da Faixa de Gaza será difícil e longa”, disse ainda. O premiê também declarou que a segunda fase do conflito contra o grupo terrorista Hamas começou com a entrada de mais forças terrestres no território.
Em coletiva de imprensa, sendo a primeira vez que Netanyahu responde a jornalistas desde o início da guerra, ele afirmou que fariam todos os esforços para libertar os mais de 200 reféns mantidos pelo grupo e que discutiram no gabinete de guerra a possibilidade de uma troca por prisioneiros palestinos.
O ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, também disse que o país está intensificando os ataques e que, quanto maior a pressão sobre o Hamas, maior a chance de libertação dos reféns.
Ao ouvir as primeiras perguntas da imprensa presentes, o primeiro-ministro evitou responder se o governo de Israel teria parcela de responsabilidade ante possíveis falhas de segurança que permitiram ao Hamas realizar os ataques terroristas do dia 7.
O anúncio ocorre no momento em que as Forças de Defesa de Israel voltaram a escalar a ameaça sobre uma iminente invasão da Faixa de Gaza. Mais cedo neste sábado, panfletos foram lançados sob a Cidade de Gaza, a mais populosa da região, afirmando que a área é agora “um campo de batalha”. Além disso, Israel anunciou ter bombardeado 150 alvos subterrâneos do Hamas durante a madrugada.
O território palestino segue sob um blecaute que impede a comunicação de moradores e de organizações humanitárias com o exterior.