A escritora Heloísa Teixeira, 84 anos, tomou na noite de sexta-feira, 28, na cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que estava vaga desde a morte da escrito Nélida Pinõn em dezembro do ano passado. Heloísa foi eleita com 34 dos 37 votos e trocou o sobrenome Buarque de Holanda, do seu primeiro marido, para Teixeira, de sua mãe.
Em seu discurso de posse, apontou a disparidade de gênero na academia, inaugurada em 1897. “Ainda somos pouquíssimas nessa casa: apenas dez mulheres foram eleitas acadêmicas contra um total de 339 homens, o que reflete a desigualdade entre a eleição de homens e mulheres na ABL”.
“Esse atual projeto de abertura me fascina. E isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na academia”, declarou.
Heloísa Teixeira nasceu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, mas se mudou cedo para o Rio de Janeiro. Estou letras clássicas na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e fez mestrado e doutorado em literatura brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui pós-doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade de Columbia, em Nova York.
Publicou 12 obras até o momento e sua área de atuação está voltada para a poesia, cultura, relações de gênero e étnicas, culturas marginalizadas e cultura digital.
A cadeira número 30 foi fundada pelo contista Pedro Rabelo e teve como patrono o jornalista e romancista Pardal Mallet. Já ocuparam o assento o advogado Heráclito Graça; o médico Antônio Austregésilo; o ensaísta, filólogo e lexicógrafo Aurélio Buarque; e mais recentemente, a escritora Nélida Piñon.
Com informações da Agência Brasil.
Foto: Toca Seabra/Divulgação ABL.
Para receber os boletins e notícias direto no seu Whatsapp, adicione o número da Rede Estação Democracia por este link aqui e mande um alô.