Equador: esquerda sai na frente e eleições serão decididas em segundo turno

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A advogada Luisa González, ligada ao ex-presidente Rafael Correa, e o direitista Daniel Noboa, disputarão o segundo turno da eleição presidencial no Equador. Os dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país mostram os dois candidatos com 33% e 24%, respectivamente.

Em terceiro lugar está o jornalista Christian Zurita, com 16,3%, em substituição a Fernando Villavicencio, assassinado a duas semanas da eleição. Logo atrás está o direitista Jan Topic (14,6%). Otto Sonnenholzner, de centro, ficou com 6,9% dos votos; e o líder indígena Yaku Pérez, com 3,7%.

A execução de Villavicencio aumentou ainda mais a tensão nas eleições equatorianas. No dia seguinte à morte do presidenciável, o carro da candidata à Assembleia Nacional do país Estefany Puente foi alvo de tiros na cidade de Quevedo, mas ela sobreviveu. Uma semana depois, outra liderança política do país, Pedro Briones, também foi assassinado.

Apenas um ano depois de Lasso ter chegado ao poder, o Equador chegou aos índices mais elevados de homicídios de sua história. Em 2023 a situação se deteriorou, e a taxa de assassinatos no país atingiu 40 mortes por 100 mil habitantes. Somente de janeiro a junho deste ano foram registrados 3.513 desses crimes, um aumento de 58% comparado ao mesmo período de 2022.

As eleições presidenciais equatorianas deveriam ocorrer em 2025, mas foram antecipadas para este ano, após Lasso acionar uma cláusula constitucional conhecida como “morte cruzada”, que prevê que a Assembleia Nacional seja dissolvida e o pleito eleitoral antecipado.

A medida foi acionada após membros da Assembleia Nacional pedirem o impeachment de Lasso por supostamente ter participado de um esquema de peculato. Assim sendo, o candidato eleito neste domingo cumprirá o ano e meio restante de mandato do atual presidente e poderá buscar a reeleição em 2025.

González, 45 anos, e Noboa, 35, protagonizarão um novo confronto entre esquerda e direita, o terceiro duelo consecutivo do tipo no pequeno país de 18,3 milhões de habitantes.

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