Carta ao ministro Flávio Dino busca contribuir com o debate sobre Segurança Pública, explica escritor

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Flávio Dino Foto: Tom Costa / MJSP

O antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares participou do Espaço Plural desta quinta-feira, 17, e contou os bastidores da Carta aberta ao ministro Flávio Dino, publicada pela RED no início deste mês, e a emoção de ver Luis Inácio Lula da Silva se tornar presidente pela terceira vez.

A carta foi ideia de um amigo que lhe garantiu a entrega ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Como admirador da pessoa e do trabalho do ministro, Soares a escreveu como um “gesto fraterno e cooperativo”.

Em seu artigo, o antropólogo elenca diversas observações sobre Segurança Pública para ministro Dino a partir da sua experiência como Secretário Nacional de Segurança Pública no primeiro ano do primeiro mandato de Lula, 2003, e Coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro entre 1999 e 2000.

“Eu fiz a carta, meu amigo a entregou em mãos e isso foi no início de abril. Como, entretanto, já se passaram vários meses e eu acho que o debate continua vivo, continua nos desafiando, as questões continuam nos interpelando, eu achei que, como não havia nada de pessoal, de privado na carta, eu achei que não haveria problema nenhum torná-la pública. Acho que só contribuiria para o debate”, afirmou.

No início do artigo, Soares relata a alegria da vitória de Lula nas Eleições de 2022, mas também a apreensão com o noticiário que segue mostrando mortes cujos autores são policiais.

A emoção da noite em que Lula venceu o dragão da maldade para salvar o mundo, eu preciso dela como de pão e água. Preciso dela, apegar-me a ela, para resistir à corrosão ácida do ceticismo, que derruba a energia com que travamos as lutas de todo dia. Mas como não ceder ao desânimo, como não desesperar, como não se render ao imobilismo político quando a notícia que chega por rádio, TV, internet, e nos telefonemas angustiados dos amigos, reporta mais uma chacina policial, mais um banho de sangue promovido por agentes do Estado (agora em São Paulo, logo depois no Rio e na Bahia, e a seguir onde?), supostamente em nome da segurança pública, supostamente em razão da chamada “guerra às drogas” – não há categoria mais cínica e venal, mais repulsiva e estúpida“.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.


Foto: Tom Costa/MJSP.

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