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Brics busca construir mundo mais global, mas precisa melhorar seu poder econômico
Brics busca construir mundo mais global, mas precisa melhorar seu poder econômico
A 15ª Cúpula do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – começou na terça-feira, 22, e vai até quinta-feira, 24, em Joanesburgo, na África do Sul. Entre os assuntos a serem discutidos pelos países está a expansão do bloco com a entrada de novos integrantes.
Para professor de Ciência Política Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gabriel Eduardo Vitullo, a reunião é um marco na tentativa de construir um mundo efetivamente multipolar. “O que se tenta com o Brics e outras iniciativas paralelas é justamente desafiar essa hegemonia e construir um mundo mais global e que não dependa apenas de uma única potência como é o Estados Unidos”, afirma.
“Pensemos que o Brics representa 42% da população mundial, 30% do território do planeta e aproximadamente 23% do PIB global. E ainda podemos agregar 18% do comércio internacional. Ou seja, números muito expressivos que mostram como países que até aqui ficam à margem dos grandes processos decisórios mundiais estão exigindo poder entrar no cenário internacional em pé de igualdade com as grandes potenciais, velhas potenciais imperialistas coloniais”, destaca.
Porém, o bloco ainda precisa aumentar seu poder econômico, como aponta o professor de Relações Internacionais na Faculdade São Francisco de Assis, Bruno Lima Rocha. “Se os tomadores de decisão estão pensando em uma mudança hegemônica mundial, o caminho é a desdolarização. Para desdolarizar, ou se faz uma relação intra-Ásia e a gente não entra, a América Latina não entra, fica sendo exportador de matéria-prima para a China, ou precisa realmente ter uma arquitetura financeira que dê conta de cumprir depósito, uma moeda que vai a ser a moeda corrente internacional”, explica.
Assista ao trabalho completo:
O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.
Foto: Ricardo Stuckert/PR.
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