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Tributação dos super ricos e a luta pela justiça climática

Tributação dos super ricos e a luta pela justiça climática

Artigo por RED
26/10/2024 16:00 • Atualizado em 23/10/2024 14:51
Tributação dos super ricos e a luta pela justiça climática

Por ALEXANDRE CRUZ*

Na recente cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de uma agenda global que priorize a justiça social e ambiental. Em meio à discussão sobre desigualdades e mudanças climáticas, Lula enfatizou a necessidade de tributar os super-ricos e responsabilizar os países desenvolvidos, reafirmando o papel do Brasil como um ator central nas negociações internacionais.

Lula argumentou que a taxação dos ultra-ricos é fundamental para reduzir as disparidades econômicas que afligem a sociedade brasileira e global. Ao buscar respaldo dentro do bloco Brics, o presidente vislumbra uma oportunidade de alinhar esforços com outras nações em desenvolvimento, promovendo uma política fiscal que não apenas arrecade recursos, mas também distribua riqueza de forma mais equitativa.

Essa iniciativa, se bem-sucedida, pode se traduzir em investimentos em educação, saúde e infraestrutura social, áreas essenciais para o desenvolvimento sustentável do Brasil e a melhoria das condições de vida da população. A cobrança de tributar a elite econômica, portanto, é uma questão de justiça social que deve ser amplamente debatida e renovada.

No que diz respeito às mudanças climáticas, Lula não hesitou em apontar o dedo para os países desenvolvidos, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa. Sua crítica à promessa não cumprida de US$ 100 bilhões anuais evidencia a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e transparente nas negociações climáticas. No entanto, o presidente também reconheceu que os países emergentes, como o Brasil, deverão fazer a sua parte. Essa dualidade de responsabilidade é crucial: ao mesmo tempo em que se exige ação dos países ricos, também se propõe que as nações em desenvolvimento implementem políticas para mitigar os impactos climáticos.

A presidência brasileira no Brics representa uma oportunidade única para reafirmar a importância do bloco como uma contrapartida às potências ocidentais. Com um protagonismo crescente da China e a diversificação das economias que compõem o Brics, Lula está bem posicionado para promover a ideia de um mundo multipolar, onde as vozes do Sul Global ganham força nas discussões sobre desigualdade e sustentabilidade. O compromisso do Brasil em fortalecer a cooperação entre países em desenvolvimento é uma mensagem clara de que é possível construir um futuro mais justo e sustentável, a partir de vontade política e mobilização conjunta.

A agenda proposta pelo presidente brasileiro na cúpula dos Brics é uma chamada à ação que vai além das fronteiras nacionais. A tributação dos super-ricos e a responsabilidade compartilhada nas mudanças climáticas são passos essenciais para construir um mundo mais justo e equilibrado. O nosso pais, sob a liderança de Lula, pode não apenas liderar a luta contra a desigualdade, mas também se afirmar como uma voz relevante nas questões climáticas, influenciando as políticas globais para um futuro mais sustentável.

*jornalista político

Foto: Pixabay

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