O Hamas anunciou nesta quarta-feira (22) que a trégua de quatro dias, acordada com Israel em troca da libertação de 50 reféns, entra em vigor às 10h locais de quinta-feira (5h em Brasília).
Musa Abou Marzouk, membro sênior da ala política do Hamas, adiantou que o grupo “está preparado para um cessar-fogo global e a troca de prisioneiros”, acrescentando que a maior parte dos reféns feitos durante os ataques de 7 de outubro é de estrangeiros.
O acordo
Após seis semanas de guerra no Oriente Médio, as duas partes chegaram num acordo. O Hamas comprometeu-se a libertar pelo menos 50 reféns que se encontram em Gaza e, em troca, Israel vai libertar 150 palestinos da prisão, além de interromper os bombardeios no sul de Gaza durante quatro dias e de deixar entrar ajuda humanitária na região.
Israel se recusou a libertar prisioneiros condenados por homicídio, mas concordou em deixar sair os condenados por tentativa de homicídio e atividades terroristas, assim como crimes menos graves, como danos a propriedades, interferência na atividade policial, reuniões ilegais, ataques a polícias ou posse de armas e explosivos.
Ainda que o acordo preveja a libertação de 150 palestinos, a lista divulgada pelo Ministério da Justiça de Israel inclui 300 nomes, o que pode abrir a possibilidade do Hamas libertar mais reféns do que o previsto, em troca de mais prisioneiros. Agora, os cidadãos israelenses têm um dia para recorrer da decisão do tribunal.
