Resgate de pessoas em situação análoga à escravidão dispara no RS em três anos

translate

image_processing20230223-32601-17ul764

Número de pessoas resgates em situação análoga à escravidão disparou nos últimos três anos no Rio Grande do Sul. Os dados exclusivos do Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) foram repassados ao portal UOL.

  • 2023: 208 resgates (até 03/03/2023)
  • 2022: 156
  • 2021: 76
  • 2020: 5
  • 2019: 2
  • 2018: 0
  • 2017: 6.
  • 2016: 17
  • 2015: 32
  • 2014: 1
  • 2013: 44

Os números deste ano se referem ao resgate realizado em Bento Gonçalves, na serra gaúcha, no dia 22 de fevereiro. A Polícia Federal (PF) resgatou 207 trabalhadores baianos em três vinícolas (Aurora, Garibaldi e Salton).

Ano passado, 80 homens vindos da Bahia, Paraíba e Maranhão foram resgatados em uma colheita de maçã em Bom Jesus, região nordeste do estado.

Já em 2021, uma fábrica clandestina de cigarros em Triunfo, na Região Metropolitana, confinou 18 trabalhadores um bunker subterrâneo e os submeteu a condições degradantes de trabalho.

Perfil das vítimas e fiscalização

Segundo o Mistério do Trabalho e Emprego, nove em cada 10 resgatados no estado são homens. Mais de um terço são jovens entre 18 e 24 anos e 74% são pretos e pardos. As vitimas também possuem baixa escolaridade: 22% estudaram até o 5º anos, 19% têm o ensino fundamental e 3% são analfabetos.

A falta de acesso à educação de qualidade e a situação econômica tornam as vítimas mais vulneráveis a aceitar propostas em locais distantes que prometem, de forma falsa, boas condições de trabalho, segundo o procurador Italvar Medina, entrevistado pelo UOL.

O agravamento da pobreza que atinge a população, somado a falta de fiscalização por parte dos órgãos responsáveis contribuem para o aumento de casos.


Foto: Divulgação/MPT-RS

Para receber os boletins e notícias direto no seu Whatsapp, adicione o número da Rede Estação Democracia por este link aqui e mande um alô.

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia..

Gostou do texto? Tem críticas, correções ou complementações a fazer? Quer elogiar?

Deixe aqui o seu comentário.

Os comentários não representam a opinião da RED. A responsabilidade é do comentador.

plugins premium WordPress

Gostou do Conteúdo?

Considere apoiar o trabalho da RED para que possamos continuar produzindo

Toda ajuda é bem vinda! Faça uma contribuição única ou doe um valor mensalmente

Informação, Análise e Diálogo no Campo Democrático

Faça Parte do Nosso Grupo de Whatsapp

Fique por dentro das notícias e do debate democrático