A temporada 2023 de anúncios dos Prêmios Nobel começou na segunda-feira (2) e terminou hoje (9), destacando o conhecimento científico nas áreas da Química, Física, Medicina, Literatura e Economia, além do ativismo pelas humanidades com a luta pela Paz.
Para a cientista brasileira Márcia Barbosa, uma característica da premiação deste ano foi o reconhecimento de “pessoas que tiveram resiliência de atuar em ideias muitos disruptivas”, quesito no qual as mulheres se destacaram pela coragem. Ela cita o caso de Kataliun Karikó, que não desistiu de trabalhar com o RNA mesmo perdendo diversos financiamentos pelo risco da ideia. Suas descobertas possibilitaram, entre tantas outras aplicações, o desenvolvimento em tempo recorde da vacina para Covid-19 durante a pandemia, o que lhe rendeu o Nobel me Medicina ao lado do colega Drew Weissman.
Márcia, que é professora de física na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, membro da Academia Mundial de Ciências e atual Secretária de Políticas Públicas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e também apresentadora do programa Ciência Fácil, foi a convidada de hoje do programa Espaço Plural – Debates e Entrevistas. Além de comentar os trabalhos do Prêmio Nobel e a importância deste reconhecimento, a cientista que é uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil segundo a Revista Forbes, fala sobre a produção de conhecimento científico no país e suas perspectivas para o futuro, o crescimento do obscurantismo, a luta das mulheres para ocupar seu lugar neste meio e os financiamentos nas universidades.
Confira o programa na íntegra:
