Para não esquecer – 1

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De ADELI SELL*

Estamos iniciando uma série de pequenos artigos, uma espécie de anotações de casos que não podem ser esquecidos e devem ser lembrados para todo o sempre, a fim de que não voltem a acontecer mortes e ataques contra a dignidade das pessoas sem os desdobramentos necessários.

1 – Caso Carina

A soldado Carina Rodrigues Macedo era agente policial integrante da Brigada Militar no 11º BPM. Não estava em serviço quando foi atingida por um tiro na nuca após ter se recusado a entregar sua bolsa a dois assaltantes. O caso ocorreu num ônibus da empresa Carris da Linha T-1, nas proximidades da Avenida Cristiano Fischer, Zona Norte da capital gaúcha. A soldado faleceu momentos após ter sido baleada. Causou enorme comoção na cidade pois, logo depois, os supostos assaltantes teriam sido executados. Porém, os soldados envolvidos e seus comandantes foram todos absolvidos.

2 – Homem errado

O documentário “O Caso do Homem Errado” relembra a execução de um operário negro pela Polícia Militar. Júlio César de Melo Pinto foi morto ao ser confundido com assaltante, denúncia comprovada por registros de fotógrafo do jornal Zero Hora.

A família de Júlio César não foi indenizada nem viu os culpados pagarem pelo crime… Os tenentes da BM João Luís Clavíjio e Sérgio Luiz Borges foram condenados a 14 anos em primeira instância e recorreram. Os cabos da BM Paulo Souza Melim e Carlos Ribeiros dos Santos; e os soldados da BM João Carlos da Rocha, Dair Osvaldo de Freitas, Volmir Gambarra e Jorge Jesus Gomes foram condenados a 12 anos em primeira instância e foram apenas expulsos da corporação. Doze policiais foram condenados em primeira instância, porém todos eles recorreram em liberdade. No final, apenas um oficial, o Sérgio Luís Borges, cumpriu pena.

O governador da época era Pedro Simon…

30 anos depois, outro negro num supermercado também foi morto: João Alberto, o Beto. O caso conhecido como “Homem errado” é questionável, pois há homem certo no lugar certo?

3 – Beto

O fato que ocorreu 30 anos depois do assim conhecido “Caso do Homem Errado”, no qual outro negro, João Alberto, o Beto, foi morto num supermercado – Carrefour, por suposto roubo.


*Escritor, professor e bacharel em Direito.

Imagem em Pixabay.

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