Para contar-te, canto

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De JAIRO BOLTER*

Apesar de você, amanhã há de ser outro dia… Assim como nos anos 70, onde a onda conservadora e ditatorial dos costumes e das falsas ameaças do comunismo que assombravam o Brasil verde oliva, hoje vivemos, outra vez, a necessidade de cantar a trilha sonora que embalava a esperança e que novamente anseia por um País de todos e para todos.

O resultado das urnas revela um País ainda conservador e que receia de mudanças, mas também aponta pelo desejo da maioria, ainda que com uma margem apertada, de uma sociedade progressista, que respeita a diversidade, a liberdade de opinião, do contraditório, que preza pela justiça, com direitos sociais e culturais.

Tanto no âmbito regional quanto no federal há grande possibilidade de se construir, a partir do segundo turno, uma sociedade mais justa, mais igualitária, com oportunidade de direitos e acesso à educação, alimentação, segurança, emprego e saúde.

Então, que façamos uma frente pensável e indispensável. Não uma frente partidária, mas uma frente que inclua partidos, mas não apenas partidos, mas a sociedade civil organizada além de cada um de nós, e que estabeleça como programa a defesa intransigente das instituições democráticas. Isso tudo numa ação diária.

Essa frente deve ir além das fronteiras de classe, embora não exclua o fortalecimento da identidade e da independência da classe trabalhadora e de suas políticas próprias.

Pois, se desejamos mesmo deter as forças das trevas, teremos de mobilizar uma ação conjunta das oposições. Divergentes, sim, mas não antagônicos. Façamos uma frente que congregue as oposições em defesa do campo democrático e que possamos cantar juntos:

“Amanhã há de ser outro dia. Você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia. Como vai se explicar. Vendo o céu clarear. De repente, impunemente. Como vai abafar. Nosso coro a cantar. Na sua frente” …

*Presidente da ADUFRGS-Sindical.

Imagem em Pixabay.

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