Metade do novo Congresso manifesta rejeição a Lula, aponta estudo do PROS

translate

Segundo estudo feito pela fundação do Pros (Partido Republicano da Ordem Social), partido que compôs a chapa de Lula e recentemente anunciou a incorporação ao Solidariedade, indica que praticamente a metade dos deputados e senadores manifesta rejeição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A análise foi feita a partir de perfil, atos legislativos, declarações e redes sociais dos 513 deputados federais e 81 senadores que formarão o novo Congresso Nacional, eleito em outubro passado.

Para a Folha de São Paulo, “o estudo é mais um indicativo da dificuldade do novo governo para formar uma base de apoio sólida a partir de fevereiro, quando os parlamentares tomam posse”, e também afirma que “é considerada uma base confortável um apoio que supere com certa folga 60% dos deputados e senadores, que é o quantitativo mínimo de votos necessários para alterações na Constituição”.

Segundo os números do estudo, 49% da nova Câmara e 49% do novo Senado têm uma tendência baixa de adesão ao novo governo, ou seja, são parlamentares declaradamente contrários e que reproduzem discursos e ações identificadas no espectro ideológico bolsonarista.

Para disputar a última eleição, Lula liderou a chamada frente ampla, que contou também com partidos do centro e de direita, como MDB, PSD e União Brasil, que hoje possuem ministérios no novo governo. Se todos os parlamentares da esquerda, que elegeu cerca de um quarto do legislativo, e desses três partidos com ministérios apoiarem o presidente, ele terá 287 cadeiras na Câmara e 47 no Senado. O número garante maioria, mas é insuficiente para aprovar emendas à Constituição (308 e 49, respectivamente). Além de ser bastante difícil garantir todos os votos de partidos de centro e direita em um governo de esquerda.

Ainda segundo a Folha, “o caso mais problemático para o governo é o da União Brasil, que é a fusão do PSL que elegeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do DEM (antigo rival do PT)”.

O estudo sugere que “o principal desafio do Executivo será criar mecanismos para aglutinar as forças políticas, dialogando intensivamente com partidos e parlamentares eleitos para um rearranjo de sua base parlamentar”.

 

 

 

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia..

Gostou do texto? Tem críticas, correções ou complementações a fazer? Quer elogiar?

Deixe aqui o seu comentário.

Os comentários não representam a opinião da RED. A responsabilidade é do comentador.

plugins premium WordPress

Gostou do Conteúdo?

Considere apoiar o trabalho da RED para que possamos continuar produzindo

Toda ajuda é bem vinda! Faça uma contribuição única ou doe um valor mensalmente

Informação, Análise e Diálogo no Campo Democrático

Faça Parte do Nosso Grupo de Whatsapp

Fique por dentro das notícias e do debate democrático