Por ANGELO CAVALCANTE*
Nessa semana vimos algo absolutamente único, atípico e original; aliás, garanto que nenhum de nós jamais havia visto isso antes, a não ser nas contisticas dos livros de história.
Estou tratando e me referindo ao gesto vil e servil do presidente da Ucrânia, Volodmir Zelensky, de transferir, de passar e repassar para os Estados Unidos, o solo ucraniano, seus conteúdos e é claro, o que tudo isso implica e representa.
É algo absolutamente impressionante!
Esse, de outro modo, é gesto de alta/altíssima traição a um povo, às suas possibilidades e a seu futuro.
Fora avisado… Muito bem avisado, inclusive pelo presidente caboclo do Brasil!
Nós nos lembramos!
Já no começo do Lula III , o governo brasileiro elaborou uma proposta de paz assentada em três eixos básicos e essenciais.
O primeiro sugeria o imediato fim das hostilidades de parte a parte; o segundo propõe que diferenças e discordâncias sejam exclusiva e necessariamente resolvidas por meios e vias diplomáticas, na mesa de negociação, na articulação política e no acordo e; a terceira e, por fim, direcionada justamente para o presidente ucraniano, anunciava aberta e sinceramente de que essa guerra não podia ser vencida .
As razões estavam dadas, líquidas e certas!
Zelensky, ansioso e equivocado, desconsiderou o apelo brasileiro e mais, fez pouco caso da proposta do Itamaraty.
Aliás, em certa feita, o presidente ucraniano, em robusta e destacada deselegância, fez aberta e pública chacota da intervenção brasileira, de sua proposta e da articulação sugerida em torno do diálogo entre os países beligerantes.
Três anos depois…
Bilhões e bilhões de dólares ocidentais investidos em equipamentos e armamentos modernos, após o exército russo ter dizimado com a vida de milhares de mercenários e
advindos de todas as partes do mundo e de ter reduzido, por conseguinte, a Ucrânia a ruínas e escombros, ressurge um Zelensky desesperado, sem rumo, norte ou direção e, em gesto de rasgada submissão, cede as riquezas ucranianas aos interesses e ganâncias de gringos.
O resumo, o triste e melancólico resumo dessa ópera é o pano-de-fundo do ressurgimento do mais legítimo e genuíno colonialismo de feição mercantil; é um movimento fundado tão somente, na apropriação primitiva e clássica de capital: o roubo puro e simples .
Fora avisado…
Ao invés da ponderação e do bom pensamento crítico e autocrítico optou pela arrogância e pela notada e expressa desconsideração a líderes políticos sabidos e experimentados; ao invés e revés da desconfiança a uma lógica ocidental toda ela estirada e posta na guerra, na morte e no genocídio optou mesmo por se alinhar aos estratagemas hegemônicos do torvelinho EUA/Europa e que, é claro, não distingue guerra de economia posto que para essa gente, guerra é economia e economia é guerra.
A Ucrânia, desta feita, fora revisitada pelo mercantilismo típico do século XVI; o que afirmo é que esse dispositivo não se encerra aí… Coisas piores, bem piores, estão por vir ao infeliz e sacrificado povo ucraniano.
Mas sou testemunha… Luís Inácio avisou
*Angelo Cavalcante_ – Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.
Foto de capa: Ricardo Stuckert
Respostas de 2
Como o próprio Lula disse, que resolveria a guerra entre Rússia e Ucrânia, tomando uma cerveja
Pois então, convide Zelensk e Putin, para tomar uma pinga contigo, assim a paz volta na região.
Poisé, né??…