O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) deverá abrir uma investigação para apurar o envio de informações da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A situação foi revelada pelo portal Metrópoles.
Entre os dias 06 e 13 de março, Mauro Cid recebeu e-mails “urgentíssimos” com detalhes do esquema de segurança de quatro viagens e três eventos, dentro e fora do país, do presidente Lula. Foram eles: a Pequim e Xangai, na China; Foz do Iguaçu (PR) e Boa Vista (RR). As mensagens foram enviadas pela Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI.
De acordo com a apuração, os e-mails foram enviadas por três militares: Márcio Alex da Silva, do Exército; Dione Jefferson Freire, da Marinha; e Rogério Dias Souza, da Marinha. Os três estavam lotados no gabinete desde o governo Bolsonaro.
Em resposta ao Metrópoles, o ministro-chefe do GSI, Marco Antônio Amaro, afirmou que os militares já estavam afastadas das atividades no gabinete e que as exonerações devem ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 09.
Ao blog da Andréia Sadi, no g1, Amaro declarou que será aberta uma sindicância para apurar o ocorrido e as responsabilidades. “Pode ter sido uma falha de permanência de lista de distribuição, estamos apurando. Não isenta a responsabilidade de culpa, mas vamos apurar”, completou.
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil.
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