O ex-corregedor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Wendel Benevides Matos, escondeu da Controladoria-Geral da União (CGU) 23 denúncias contra seu ex-chefe, o ex-diretor geral Silvinei Vasques. O ex-corregedor foi afastado semana passada a pedido da atual direção da polícia.
Nomeado durante o governo Bolsonaro, Wendel tinha mandato até novembro deste ano. No cargo de corregedor, ele não pode investigar um superior e por isso deveria ter encaminhado as denúncias à CGU, o que não foi feito.
Além das denúncias omitidas, o blog do jornalista Octávio Guedes no g1 mostrou que o ex-corregedor investigava manifestações político-partidárias somente dos policiais a favor dos candidatos de esquerda. Manifestações de apoio, incluindo a do Silvinei Vasques, a favor de outras candidatos não eram apuradas.
A omissão da PRF em bloqueios nas rodovias federais após a vitória do Lula também é exemplo. Na época, Wendel afirmou: “Observamos que nenhuma ordem foi dada no sentido de que servidores não deixassem de cumprir o seu papel”. Até o momento, não foi dada nenhuma explicação sobre a fala.
A atual direção da PRF apontou “indícios de distorções técnicas, parcialidade, interferência e uso não isonômico das ferramentas de correição pelo atual Corregedor Geral” no caso.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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