Deputado pede ao CMN afastamento de Campos Neto

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Brasília, DF 07/06/ 2023  A rainha dos Países Baixos, Máxima Zorreguieta, na qualidade de Assessora Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para o Financiamento Inclusivo para o Desenvolvimento (UNSGSA), visita, acompanhada do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a Escola Classe 312 norte. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Após o Banco Central (BC) insistir em manter a taxa básicas de juros do país em um patamar elevado, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou denuncia ao Conselho Monetário Nacional (CMN) contra o presidente da instituição, Roberto Campos Neto.

Farias pediu para que o CMN avalie pedir ao Senado a exoneração do presidente do banco, com a justificativa de que ele vem descumprindo os objetivos do BC.

“A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 13,75% é inaceitável. Fica parecendo, cada vez mais, que Roberto Campos Neto e o Banco Central não estão agindo de forma técnica ao manter, pela sétima vez consecutiva, os juros em patamar tão elevado, mas, sim, agindo politicamente para travar a economia brasileira e sabotar o governo do presidente Lula”, afirmou Lindbergh.

“O Banco Central exige paciência, mas o Brasil não pode esperar. As empresas que estão quebrando não podem esperar, as famílias endividadas não podem esperar, diversos setores da economia em retração não podem esperar”, complementou o parlamentar.

Lula já havia sido perguntado sobre o assunto na manha de quinta-feira, 22, durante entrevista coletiva na Itália, para onde viajou em missão oficial. O presidente avalia como “irracional” manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, e que Campos Neto “joga contra a economia brasileira”. Ele ainda afirmou que a discordância com a postura recente do BC não é exclusiva do governo.

Na entrevista, Lula defendeu que o Congresso Nacional, especialmente o Senado, faça cobranças diretas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e reforçou que o presidente da República não tem mais a prerrogativa de trocar a chefia do banco.

“O problema não é do governo, é da sociedade brasileira. Eu tenho cobrado dos senadores. Foram os senadores que colocaram esse cidadão lá. Então os senadores têm que analisar se ele está cumprindo aquilo que foi a lei aprovada para ele cumprir. Na lei que está aprovada, ele tem que cuidar da inflação, cuidar do crescimento econômico e cuidar da geração de emprego”, disse o presidente.


Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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