O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou nesta terça-feira, 30, a realização de uma auditoria na 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, no Paraná, onde tramitam os processos das Lava Jato. Os gabinetes dos desembargadores da 8ª turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também são alvos da apuração.
A determinação foi feita a partir de diversas reclamações disciplinares apresentadas ao CNJ a respeito da conduta dos juízes e dos desembargadores. Um deles é Marcelo Malucelli que se declarou suspeito para analisar os processos da Lava Jato por ter ligação pessoal o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União-PR).
O desembargador Malucelli é alvo de pelo menos três pedidos de processos administrativos, segundo o g1. Os autores são os advogados de Rodrigo Tacla Duran, e os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Rogério Carvalho (PT-SE).
Além disso, Malucelli é pai de João Malucelli, sócio e genro de Moro. Na última semana, João recebeu uma suposta ligação do juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara de Curitiba e novo juiz da Lava Jato. A conversa foi considerada “ameaçadora” e motivou no afastamento de Appio pelo TRF-4.
Nas auditorias serão realizadas audiências e análises de documentos, sigilosos ou não, da 13ª Vara e da 8ª Turma do TRF-4. Os trabalhos serão iniciados na quarta-feira, 31, e encerrados na sexta-feira, 02.
Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ.
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