Na quarta-feira, 22, o Ministério da Agricultura emitiu nota anunciando a suspensão temporária das exportações de carne bovina para a China após a confirmação de um caso da doença da vaca louca em um animal em Marabá (PA).
A suspensão é protocolar por acordo de 2015 assinado pelos dois países que estabelece um autoembargo nas vendas à China quando uma nova ocorrência de encefalopatia espogiforme bovina, popularmente chamado de vaca louca, é identificado no Brasil.
“Seguindo o protocolo sanitário oficial, as exportações para a China serão temporariamente suspensas a partir desta quinta-feira (23). No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira”, disse o comunicado.
O ministro da Agricultura, Carlos Favaro, afirmou que tudo indica que a doença seja atípica —caso em que é desenvolvida durante o processo degenerativo do animal, mais comum em bovinos mais velhos, e, neste caso, não há risco para a população comer carne bovina, uma vez que os casos atípicos não são transmissíveis.
Em função do Brasil ainda não ter capacidade laboratorial de identificar qual a tipologia da doença, uma amostra foi enviada ao Canadá para análise, e é preciso esperar a contraprova realizada lá para confirmar se trata-se de caso atípico.
Segundo a Agricultura, o animal identificado com a doença tinha 9 anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá com 160 cabeças de gado, que já foi inspecionada e interditada preventivamente. O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica.
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
