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Na CPMI, ex-diretor da PRF nega interferência nas eleições e diz não ter intimidade com Bolsonaro

Na CPMI, ex-diretor da PRF nega interferência nas eleições e diz não ter intimidade com Bolsonaro

Eleições 2022 por RED
20/06/2023 14:05 • Atualizado em 20/06/2023 14:03
Na CPMI, ex-diretor da PRF nega interferência nas eleições e diz não ter intimidade com Bolsonaro

O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques negou que tenha direcionado ações do órgão no Nordeste para atrapalhar o andamento dos eleições presidenciais de 2022. Além disso, declarou não ter intimidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro, apenas uma relação profissional. As declarações foram feita durante a manhã desta terça-feira, 20, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 08 de janeiro.

Silvinei Vasques é investigado por tentativa de interferir no segundo turno das Eleições 2022 por suspeita de reforçar blitze no Nordeste para dificultar a locomoção dos eleitores. A região é conhecida por ser um reduto eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva. Em depoimento, Vasques justificou que a região nordestina concentra um grande número de ocorrências de crimes eleitorais.

“O que se falou muito é que a PRF, no segundo turno da eleição, direcionou a sua fiscalização para o Nordeste brasileiro. Isso não é verdade. Não é verdade porque o Nordeste é o local onde temos nove estados, nove superintendências, temos a maior estrutura da PRF no Brasil, a maior quantidade de unidades da PRF. Nos estados do Nordeste é onde se encontra hoje, lotado, o maior número de efetivos da instituição e é o estado brasileiro onde está a maior malha viária de rodovias federais”, disse.

O ex-diretor-geral também é investigado pela Polícia Federal (PF) por prevaricação em relação aos bloqueios nas rodovias federais por manifestantes que não aceitavam o resultado das eleições.

Ainda no depoimento, Vasques foi questionado sobre sua relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que não é íntimo, mantendo apenas uma relação profissional.

“O presidente Bolsonaro, eu nunca fui, em nenhuma festa, por exemplo, da filha dele mais nova, não sou padrinho, não sou parente. Nunca votei nele, porque meu título de eleitor está em Florianópolis, sempre esteve lá. O que a gente tinha era uma relação muito profissional”, disse.

Além disso, explicou que a foto que possui com Bolsonaro é uma questão de “orgulho para um servidor público, para um policial” ter uma foto com o presidente. “É um orgulho pra gente levar uma foto com o presidente, a gente se emociona. Só que, infelizmente, ele foi o único que dava essa autorização, por isso que eu tinha foto com ele”, afirmou.

Apesar da declaração de relação profissional, Silvinei Vasques virou réu por improbidade administrativa, em novembro de 2022, após ser acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) por usar o cargo público indevidamente fazer campanha pela reeleição de Bolsonaro. Na época das eleições, ele fez postagens pedindo votos ao então candidato à reeleição e usando imagens da corporação.

O ex-diretor-geral da PRF é o primeiro a testemunhar na CPMI dos atos golpistas.


Com informações do g1 e da Agência Brasil.

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado.

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