Em agosto, a 15ª Cúpula do Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciou o convite para a entrada de seis novos países: Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Segundo o Itamaraty, mais de 20 países oficializaram o pedido para integrar o bloco.

Para o mestre em Economia e ex-assessor na área internacional do Ministério do Planejamento, André Scherer, a expansão está ligada ao interesse de aumentar a força do bloco no cenário internacional. “Essa expansão atende duas coisas: primeiro lugar, maior interesse de relevância dos Brics no mundo, tentativa de agregar mais força para se fazer ouvir nessa ordem internacional, que agora tá meio capenga, tá meio desordem internacional, então os Brics entram nesse espaço que está se abrindo. E ao mesmo tempo, também atendendo a demanda de vários países que desejam se integrar a esse processo de expansão de uma visão alternativa nesse ordem”, afirma.

O professor da Pós-Graduação em Estudos Estratégicos Internacionais da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Andrés Ferrari, destaca a escolha dos países. “Se vê que houve certa lógica primeiro em não chamar tantos, segundo em chamar com perspectivas para o futuro. Então, esse novo Brics, esse Brics 11, não são os mesmos Brics de antes. Estamos diante de outro processo, com outros objetivos, com muito mais presença de objetivos globais, que no início era mais um fórum de excursão de países”, disse.

Assista ao programa completo:

O programa Espaço Plural vai ao ar no YouTube e no Facebook de segunda à sexta-feira, a partir das 14h, com a apresentação do jornalista Solon Saldanha.

Foto: Ricardo Stuckert /PR.

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