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Entrega do relatório do Ministério da Defesa gera expectativas nesta quarta-feira

Entrega do relatório do Ministério da Defesa gera expectativas nesta quarta-feira

Eleições 2022 por RED
09/11/2022 08:33 • Atualizado em 09/11/2022 22:23
Entrega do relatório do Ministério da Defesa gera expectativas nesta quarta-feira

Está prevista para esta quarta-feira (9), a divulgação de um relatório sobre as urnas eletrônicas por parte do Ministério da Defesa. Cabe salientar que este não é um procedimento padrão do processo democrático brasileiro.

Generais ouvidos pela Folha de São Paulo, desde o primeiro turno, evitam garantir a segurança das urnas e afirmam, apenas, que os técnicos destacados para a missão “não conseguiram provar” as fraudes, consoantes com o discurso de insegurança das urnas eletrônicas propagadas por Bolsonaro, presidente eleito por este mesmo método em 2018.

A possibilidade do o material trazer qualquer indício de fraude no processo eleitoral é considerada inexistente mas o risco, avaliam integrantes da corte e analistas políticos em entrevistas para imprensa, é de o documento não ser contundente em relação à lisura do sistema de votação e ser lido por manifestantes insatisfeitos com o resultado das eleições como uma senha para manter a mobilização.

A Folha divulgou ontem que integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) temem que o relatório acabe por estimular os atos golpistas espalhados pelo país.

Míriam Leitão, em seu comentário para o Globo, acredita que “As Forças Armadas vão ‘fazer marola’, como me disse uma autoridade, e vão alimentar esse ambiente de instabilidade que o bolsonarismo quer manter no país, após a derrota nas urnas. Não há qualquer evidência de problemas nas urnas eletrônicas. Este foi um problema criado pelo governo Bolsonaro. E se as Forças Armadas fizerem isso que estão ameaçando, vão mostrar a sua pior face.”

O Valor Econômico coloca em manchete que “Relatório das Forças Armadas refutará fraude, mas atestará ‘inconsistências’ que não têm efeito estatístico”, destacando que a constatação costuma ocorrer em todas as eleições, mas abre brecha para que os manifestantes – além do próprio Bolsonaro – se agarrarem ao discurso de que houve irregularidade.

Ainda ontem, véspera da entrega do relatório, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, recusou-se a reconhecer numa entrevista ao Metrópoles a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dizendo esperar o relatório dos militares, que, segundo ele “com certeza”, apresentará algo, aumentando ainda mais as especulações sobre o conteúdo do documento.

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