Opinião
Por um novo CEITEC, por Renato Steckert de Oliveira
Por um novo CEITEC, por Renato Steckert de Oliveira
O ex-Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia do RS, Renato Steckert de Oliveira, escreveu para o GNN um artigo sobre a notícia da reativação do CEITEC, a única fábrica de chips da América Latina. O autor lembra que seu fechamento no final de 2020 ecoou com diversas vozes lamentando a perda para o país, mas reitera que a perda vem de muito antes, e esmiúça alguns fatos.
Localizada em Porto Alegre, o CEITEC teve início com a doação de equipamentos de uma fábrica que fechara da Motorola para um projeto que previa forte interação entre universidades e empresas gaúchas do setor, com participação do governo estadual, da Prefeitura de Porto Alegre e apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, com o intuito de constituir um centro de pesquisa e desenvolvimento em microeletrônica. A ideia não era ter uma fábrica, mas sim formar “recursos humanos capacitados ao design de chips dedicados, isto é, voltados a aplicações específicas que atendessem demandas das indústrias brasileiras, fortalecendo assim as cadeias produtivas mais avançadas da economia nacional, além de desenvolver a cultura técnica do processo de fabricação através da prototipagem” e, com isso, “criar condições para a atração de uma fábrica propriamente dita de chips”.
Steckert pontua que a troca de secretários e posterior troca de governos mudou o rumo do projeto, que inicialmente foi paralisado e depois foi retomado como uma fábrica estatal de chips. Para o autor, a ” nada sutil mudança de gênero que desconsiderou toda a discussão até então havida e todas as formulações institucionais inovadoras visando colocar a economia regional no século XXI, atropelando-as com uma solução típica dos anos 1950!”
Mas o ex secretário acredita que, apesar de não ser possível recuperar todo tempo perdido, é possível aprender com os erros e aproveitar o ambiente industrial e tecnológico mais desenvolvido alcançado pelo estado e pela federação, deixando “mais claras a necessidade de parcerias estratégicas regionais”.
Para conferir o artigo na íntegra, acesse a página do GGN.
Toque novamente para sair.