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Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso sob suspeita de interferência nas eleições

Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso sob suspeita de interferência nas eleições

Politica por RED
09/08/2023 10:17
Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF, é preso sob suspeita de interferência nas eleições

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, em uma operação sobre as suspeitas de interferência da corporação no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Também estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina,  Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, além do Distrito Federal. As ordens foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo a PF, a operação batizada de ‘Constituição Cidadã’ investiga os crimes de prevaricação (quando um servidor público deixa de exercer o seu dever), violência política e impedir ou atrapalhar a votação. Nesta fase, ainda serão ouvidos 47 agentes da PRF.

Quem é Silvinei

Diretor-geral da Polícia Federal Rodoviária (PRF) entre abril de 2021 e dezembro de 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), chegou a ser um dos subordinados mais próximos do ex-presidente. Vasques é investigado sobre as mais de 500 operações da corporação, a maioria nos estados região Nordeste, durante o dia 30 de outubro do ano passado, data do segundo turno das eleições.

Durante as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) havia vedado a realização de operações policiais que pudessem restringir a locomoção de eleitores e eleitoras. Ainda assim, a PRF realizou as operações, que só foram interrompidas após Alexandre de Moraes, presidente do TSE, intimar Vasques e impor uma multa pessoal de R$ 100 mil por hora de decisão não cumprida.

De acordo com dados divulgados posteriormente pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), o Nordeste concentrou 47% das abordagens durante o dia do segundo turno. Em números absolutos, foram parados 2.185 ônibus, o que é considerado atípico por superar o número de abordagens naquele estado durante todo o ano.

Também no dia do segundo turno Silvinei pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais. Publicou uma imagem da bandeira do Brasil com as frases “Vote 22. Bolsonaro presidente”. Apagou depois a postagem.


Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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