A conformação da sociedade brasileira e da estrutura de poder e, por decorrência, o funcionamento da política no Brasil, obedecem a uma lógica histórica que se baseia na sedimentação de uma importante “Cultura de Privilégios” e, para sustentá-la e reproduzi-la, constrói-se uma institucionalidade que lhe confere legitimidade, ao lado da sedimentação de valores e ideologias que a “naturalizam”, como se a divisão social que está estabelecida fosse natural e não conformada histórica e culturalmente. As disputas políticas que se travam hoje decorrem de processos pelos quais o Brasil passou, desde seu descobrimento, com elementos centrais derivados do Brasil Colônia, do Brasil Império, do longo e profundo escravismo que teve centralidade no país, tudo isso ao lado, e em sintonia, com as práticas políticas que se foram sucedendo no decorrer da História. A essa “Cultura de Privilégios” e sustentados por ela, se foram agregando outros meios e outros dogmas e, em conjunto, moldando o caráter da luta política presente e dando esteio a espectros políticos como a chamada extrema direita brasileira, as estruturas de nossas oligarquias nacionais, ou mesmo o que se convencionou chamar de “Centrão”.
Participação: Antonio Prado e Atahualpa Blanchet
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