Por ANGELO CAVALCANTE*
Por cinco ou seis anos, todos vimos o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, bajulando e lançando firulas para Jair Bolsonaro; aliás, um Jair Bolsonaro já condenado para o cumprimento de 27 anos de prisão por toda sorte de corrupção e malfeito e é claro, pelo muito comprovado enredo de um Golpe de Estado típico de uma republiqueta caribenha e bananeira.
Pois sim…
…Caiado vivia aos requebros e malemolencias se insinuando para Jair Bolsonaro para, quem sabe, ser o escolhido, o “the one” do capitão e ex-presidente para o governo da União.
O governador goiano ora, ora… Era desses que deixava seus afazeres no governo de Goiás e se mandava para a luminosa Avenida Paulista para balançar as bandeiras do bolsonarismo e, por óbvio, atacar a esquerda, Lula, o PT e o STF.
Era só o fariseu Silas Malafaia tocar sua trombeta apocalíptica em favor de Bolsonaro que o provinciano Ronaldo Caiado, veloz e às pressas, se desembestava para o miolo de São Paulo ou para a graciosa orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, para se ajuntar às bandas e claques de Bolsonaro.
Nesse quadro, reconheçamos, o papel de Caiado sempre e sempre, fora menor, periférico, coadjuvante e marginal.
Aliás – meu Deus! – Caiado se rebaixou tanto, se reduziu tanto e tanto que em agosto derradeiro, Carlos Bolsonaro, o filho “02” do soluçoso Jair Bolsonaro, disparou contra o caudilho goiano tratando-o, veja bem, como um RATO !
Caiado, em tolerância atípica e incomum, se saiu todo paciente, manso e cuidadoso com o filho do “hômi”. Para nós, os goianos, bem sabemos que, no geral, Caiado é de virulência única, banalizada e corriqueira.
Bom… O kapo rastejou, lambeu o asfalto e bateu continência pelos favores de Bolsonaro; se humilhou a um nível único em toda a sua autocrática vida política e por fim, Jair Bolsonaro, vigiado e emparedado até na hora do xixi, sequer alembrou, aventou o nome de Caiado.
Para a presidência, o ex-presidente sugere Tarcísio de Freitas, este que já é dos piores insultos e disparates da trágica história política de São Paulo; o governador Ratinho Junior, do agro-estado paranaense e, como se bem sabe, sempre às voltas com o pior do fascismo brasileiro e; quem sabe, sua “virtuosa” senhora, a inconfundível Michelle Bolsonaro.
Bom… Caiado colhe o que planta, recolhe das sementes que lançou na seara política brasileira.
Aí está o resultado… Foi completa e integralmente desprezado!
Mas, em Caiado, o que é ruim sempre pode piorar e o sujeito, na baciada das almas, corre atrás de algum partido da centro-direita e que queira lançá-lo ao governo do país; fez sondagens junto ao Solidariedade, ao NOVO, ao Republicanos e… Nada…
A conversa nem vale um cafezinho! Por que?
Porque 2026 será definido, quando muito, até dezembro deste 2025 e Ronaldo Caiado, ao que tudo indica, mostra e aponta, estará fora.
Que bom!
Depois desse fim melancólico resta o isolamento, a depressão e a loucura.
*Angelo Cavalcante é economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.
E-mail : angelo.cavalcante@ueg.br
Foto de capa: José Cruz/Agência Brasil





Uma resposta
Muito boa a análise de quem conhece e não esquece a história de um personagem dispensável, pra dizer o mínimo, para o Brasil. Este “tipo” de político mostra a que patamar a política brasileira chegou.