Um Mundo Inexplicável

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Por ANGELO CAVALCANTE*

A jornalista, sem cerimônia, regras ou ponderações, denuncia o principal juiz do Brasil; é feroz, voraz e lhe lança das mais duras acusações: a de vínculo com a máfia bancária e que reina plena e soberana na Pindorama.

Seu texto é articulado, claro, conexo, bem escrito… Há, no entanto, um único e essencial problema: a esforçada jornalista não prova, não comprova, tampouco atesta sua imensa resenha.

O presidente fascista e que carrega, ao menos, quatrocentas mil mortes nas costas por conta de imprudência, imperícia e negligência no lastimoso tempo da COVID-19, mesmo encarcerado, segue exigente e mimado e se põe a reclamar de dores nas costas, dos soluços que arrota e bafeja insistentemente como que purgando, expectorando dos piores sentimentos e pensamentos e que traz em si, do barulho do condicionador operante na sala ao lado e da solidão carcerária.

O homem se porta como se estivesse em um chalé n’algum alpe da gelada Suíça, em um resort em Aruba ou em um hotel “cinco estrelas” na Martinica.

É impressionante!

Avesso aos livros, não consegue ler; antipático às melhores produções literárias vê aí, “frescura”; absolutamente distante das poéticas e do lirismo recusa abertamente autores clássicos e consagrados como Cecília Meireles, João Cabral de Melo Neto, Carlos Drumond de Andrade ou Vinícius de Moraes.

Em sua máxima potência, aceita palavras cruzadas em seu “modo fácil”. Agora, me digam… Como se vive sem livros?

A maior armada do mundo circunda os mares venezuelanos; faz e acontece desde o impedimento do trânsito de todo e qualquer tipo de embarcação, onde, estamos assistindo, criminosa e desavergonhadamente explodir barcos, botes e voadeiras de pescadores – PESCADORES – e que, não por menos, realizam esses trabalhos desde tempos ancestrais até ao roubo aberto e explícito de navios petroleiros e que cumprem contratos comerciais típicos.

É o “laissez faire” mais brutal, primitivo e degenerado e que se possa conceber. Beira o inacreditável, o impensável e absolutamente incomum posto que há nome, classificação e nomenclatura para tal expediente; se diz ROUBO !

Evidentemente, esse disparate de proporções globais não passa desapercebido e próprio de um mundo multipolar, tropas, armas, equipamentos e estrategistas do binômio Rússia/China já se acham em solo venezuelano na espreita e no silêncio e que toda boa e eficaz reação exige.

Como dito… Isso, sem qualquer chance de retorno, é o mundo MULTIPOLAR acontecendo diante de nossos olhos!

Maria Corina Machado, a mais brutal e convicta oposicionista da extrema direita venezuelana, responsável, ela mesma, pela carbonização de mais de duzentas pessoas em “las guarimbas”, eventos de guerra campal pelas principais ruas e praças de Caracas e que envolveu, além do assassinato de pessoas, o sequestro e a tortura de autoridades e a invasão e destruição de prédios públicos, acaba de receber o galardão do “Nobel da Paz” em um revés de valores e princípios de dar inveja ao fecundo e criador juízo de George Orwell.

A direita brasileira perde o “timing” político e, na antevéspera das eleições de 2026 não tem efetivo nome para a disputa eleitoral com o experiente e já octogenario Lula da Silva.

Bom e ruim…

…Nesse quadro, a extrema direita com tentáculos fundos e afundados em parcelas importantes do neoprotestantismo, em bancas do financismo da Faria Lima, no agronegócio sempre sedento e insaciável por terras e reservas indígenas, no crime organizado dos mais distintos matizes e gravidades e, muito claro, em parcelas consideráveis de estamentos militares e sempre ávidos por golpes e regimes de sangue, está – sempre está – disposta a, de novo, sabotar o sistema político brasileiro em aberta luta contra o “comunismo”, “por deus, pela pátria e pela família”, pelo “cidadão de bem” e blá-blá-blá…

O inusitado está por vir! Quem estiver vivo, verá!

O principal nome da extrema direita, Tarcísio de Freitas, o arrasador governador de São Paulo, por meio de sua incontrolável e desgovernada PM, segue matando pessoas culpadas, inocentes, suspeitas ou não e, de fato, isso não faz a menor diferença na mesma rítmica e velocidade em que corta, capa todos os orçamentos do ensino superior de São Paulo.

E isso já é publicamente assumido pelos gestores das “irmãs” USP/UNICAMP/UNESP.

A China solta sua prévia de crescimento de dois dígitos. É surpreendente, sobretudo, se considerarmos a crise global, o drama europeu e americano e a corrida armamentista.

É uma impressionante série histórica de crescimento e, de fato, sem precedentes na história econômica global.

Sem medo de errar… O futuro é chinês!

E segue a vida…


*Angelo Cavalcante é economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.

E-mail : angelo.cavalcante@ueg.br

Foto de capa: Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

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Uma resposta

  1. Peço para não mais fazer parte deste Grupo. Cancelem, por favor. O artigo de Angelo Cavalcante me faz tomar esta decisão. Aqui se trata de proselitismo de esquerda, nada de análises democráticas. Respeito as opiniões dos articulistas, sempre muito bem escolhidos, mas das suas idéias não comungo.

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