O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta sexta-feira (30) o julgamento que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro por oito anos. A Corte abrirá a quarta sessão seguida para julgamento da causa ao meio-dia. e iniciará com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Após três sessões de julgamento, o placar é de 3 votos a 1 pela condenação do ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação para difundir informações falsas para desacreditar o sistema de votação.
A expectativa é que o voto de Cármen Lúcia seja favorável ao pedido do Partido Democrático Trabalhista (PDT), selando o futuro do ex-presidente, formando maioria no STF a favor da inelegibilidade.
O cenário lembra abril de 2018, quando a ministra desempatou a votação sobre um habeas corpus preventivo ajuizado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a fim de evitar execução temporária da sentença condenatória, esgotadas todas as possibilidades de recurso. Na ocasião, Cármen Lúcia foi o sexto e decisivo voto contra o habeas corpus.
Até o momento, o único voto favorável a Bolsonaro foi proferido pelo ministro Raul Araújo, que abriu a divergência e votou para julgar improcedente ação contra o ex-presidente por entender que a reunião não teve gravidade suficiente para gerar condenação à inelegibilidade.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil