Da REDAÇÃO
O Supremo Tribunal Federal (STF) montou um esquema de segurança robusto para o julgamento do chamado “núcleo 1” — considerado o núcleo crucial da trama golpista. As medidas incluem varreduras nas residências e veículos dos ministros, cercamentos e presença de drones, além de restrições de acesso na Praça dos Três Poderes.

Quem está no banco dos réus
Respondem por organização criminosa armada, tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado:
- Jair Bolsonaro (ex‑presidente)
- Walter Braga Netto (ex‑ministro da Defesa e da Casa Civil)
- Mauro Cid (ex‑ajudante de ordens)
- Alexandre Ramagem (ex‑presidente da Abin e deputado federal)
- Almir Garnier (ex‑comandante da Marinha)
- Anderson Torres (ex‑ministro da Justiça)
- Augusto Heleno (ex‑ministro do GSI)
- Paulo Sérgio Nogueira (general e ex‑ministro da Defesa)
Medidas de segurança em ação
Varreduras e vigilância restrita
O STF determinou varreduras minuciosas com cães farejadores em gabinetes, plenários, nos veículos e nos domicílios dos ministros. Policiais monitoram essas áreas 24 horas por dia, inclusive com agentes dormindo nas dependências do tribunal desde o início do esquema.
Drones, fechamentos e controle de acesso
A Praça dos Três Poderes está interditada. Apenas pessoas credenciadas podem circular no entorno durante o julgamento. O uso de drones permite sobrevoo constante e monitoramento remoto, sustentado por operadores de câmeras instaladas no STF e na Esplanada.
Reforço de efetivo policial
Participam do esquema dezenas de policiais extras, incluindo agentes do Bope, da PMDF e da Polícia Federal (Comando de Operações Táticas – Coti), além de servidores de outros estados.
Defesa em busca de interlocução direta
Nos dias que antecederam o julgamento, as defesas intensificaram tentativas de contato com os ministros da Primeira Turma do STF. Cristiano Zanin (presidente da Turma), Alexandre de Moraes (relator), Luiz Fux e Flávio Dino receberam advogados de réus.
Contexto do julgamento
O julgamento do “núcleo 1” — apontado como o núcleo crucial da trama golpista — ocorre entre os dias 2 e 12 de setembro no STF, responsável por definir a responsabilização penal dos acusados. A acusação é vista com alto potencial de condenação, embora possa haver divergências quanto à dosimetria das penas.
Uma audiência sobre o 8 de janeiro, realizada no Senado, também integra o cenário político e de segurança que antecede o julgamento.
Por que esse esquema rígido?
O julgamento é considerado histórico e sensível, justamente por envolver figuras de alto calibre político e militar em acusações que atingem o cerne da democracia. O STF agiu preventivamente para evitar qualquer risco à integridade de seus ministros, à preservação da ordem pública e ao regular andamento dos trabalhos judiciais.
A Rede Estação Democracia (RED) fará transmissão ao vivo do julgamento a partir de 2 de setembro, com cobertura em tempo real e análises especiais. Clique aqui para assistir.
Ilustração da capa: Arte gerada por IA ChatGPT
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