Programação Cultural de 27 de Setembro a 03 de Outubro

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*O programa é seguir a Flotilha Global Sumud, que esta semana (22/26 de setembro), foi atacada por Israel — pelo menos seis barcos — em águas internacionais, com granadas de efeito moral e produtos químicos, intimidando ativistas anti-genocídio que levam ajuda a Gaza — informa o canal PressTV. Os ataques estão se tornando mais violentos, de acordo com relatos locais. O governo de Israel alega falsamente que a flotilha é “organizada pelo Hamas” e “destinada a servir ao Hamas”.

*”O objetivo das mentiras é o de confundir a opinião pública internacional e fornecer justificativas para posteriores investidas da marinha e das forças armadas de Israel contra as embarcações”, replicam os palestinos.

*O programa é observar também que, enfim, começaram ações efetivas de quase todos os países, e não mais apenas manifestações teóricas e simbólicas, contra o genocídio que se perpetua na Palestina. O governo espanhol enviou navios de guerra para escoltar a missão Sumud até Gaza e garantir a segurança dos tripulantes das embarcações. “O governo da Espanha exige o cumprimento do direito internacional”, afirma o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez.

*O governo tailandês, por sua vez, declara manter um contingente de 20 mil soldados prontos para intervir na proteção à Sumud caso necessário.

*E a Grécia diz garantir a segurança da flotilha quando ela estiver nas suas águas. Na região grega da Tessalônica, multidões de jovens pedem, nas ruas, a expulsão das equipes israelenses das competições esportivas europeias.

*”O reconhecimento do Estado da Palestina pelos países ocidentais representa um movimento político relevante, mas só terá impacto real se vier acompanhado de medidas práticas para conter a ofensiva israelense na Faixa de Gaza”, acredita o diplomata Walid Kilani, representante do Hamas no Líbano. “Fim da cooperação militar, fechamento de embaixadas, rompimento diplomático são necessários. Caso contrário tudo ficará no nível moral”. (Entrevista à Sputnik).

*O Festival Primavera dos Livros, no Rio de Janeiro, se estende até o dia 29/09 reunindo editoras, escritores e leitores ligados ao mercado editorial independente. Com o objetivo de promover e estimular a leitura, a feira tem ingresso gratuito e uma de suas programações é o lançamento de títulos novos e os debates com autores dedicados ao público infantil e juvenil. Organizada pela Liga Brasileira de Editoras, a Libre, em parceria com outros grupos que atuam na área, o Festival Primavera dos Livros está instalada no Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá.

*Ao longo desta próxima semana, o público poderá assistir, gratuitamente, filmes ibero-americanos, nacionais e cearenses no 35º Cine Ceará, Festival Ibero-americano de Cinema, que se iniciou com a estreia mundial do novo documentário Do outro lado do pavilhão, de Emília Silveira. O filme narra a história de duas mulheres em liberdade condicional que compartilham testemunhos sobre a vida na prisão enquanto enfrentam uma rotina cruel com coragem e humor.

*”Lula subiu ao púlpito da ONU com cara de professor de cursinho explicando a importância da democracia. Já Trump parecia aquele tiozão do churrasco que decidiu virar coach de soberania nacional dos EUA”, crava o Jornal do Mundo Surreal, da RED, sobre os discursos do Presidente Lula e de Donald Trump, na reunião de abertura da ONU. “Basicamente foi uma palestra de geopolítica versus uma live de facebook”.

*Do jornalista Leonardo Sakamoto sobre os dois presidentes, na ONU: “Quem acha que tudo será diferente e que os dois vão colher jabuticabas juntos e dançar Village People está doidão”.

*Walter Salles recebeu o prêmio de Melhor Filme do Ano da crítica internacional por Ainda Estou Aqui. É o primeiro longa brasileiro a conquistar o Grand Prix Fipresci, Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica, e um dos 65 recebidos pelo filme. Disse Salles no seu discurso, no Festival de Cinema de San Sebastián, na Espanha: “Graças aos críticos de culturas diversas, nosso filme ganhou novos matizes, o que foi fundamental para que ele fosse descoberto pelo público e permanecesse nas salas de cinema, que, como vocês sabem, é onde filmes devem ser vistos”. O júri da Fipresci é composto por 739 críticos de todas as partes do mundo.

*Uma proeza: a espetacular entrada na Academia da Ópera de Paris, com residência durante dois anos da brasileira de 25 anos, Lorena Pires, natural de Vitória, Espírito Santo. Quem já a ouviu sabe: é uma voz triunfante, extensa e densa, transbordante de sentimento e emoção.

*Agência Reuters mencionando as críticas de Lula ao autoritarismo: “Cultua a violência, enaltece a ignorância, e age como milícias”. E o jornal britânico The Guardian destacando Lula chamar de “lamentável” a ausência do presidente palestino, Mahmoud Abbas, na Assembleia Geral.

*Dirigido por Davi Pretto, o filme Futuro Futuro foi o grande vencedor do Festival de Brasília onde recebeu os prêmios de Melhor Longa Metragem do Júri Oficial, de Melhor Roteiro, Melhor Montagem e de Menção Especial do Júri para o ator Zé Maria Pescador. Em breve estará no Festival do Rio, na Mostra Midnights. “Futuro Futuro é uma obra de experimentação, onde a forma e a estética são fundamentais para as reflexões políticas propostas”, diz o diretor Davi Pretto.

*Para agendar: a exposição com os ganhadores do Prêmio Portfólio FotoDoc, uma das atrações do FotoDoc 2025, será de 4 a 8 novembro na Panamericana Escola de Arte e Design de São Paulo. Entre os três mil candidatos à premiação final, autores de imagens produzidas em diversas partes do mundo, está a brasileira Maria Eugênia Nabuco, finalista do Portfólio.

*Chegando às livrarias o volume Inovação educacional: teoria e prática, onde a pedagoga Tathyana Gouvêa analisa “o papel da educação no mundo digital atual e que vem transformando a maneira de nos relacionarmos com o planeta, de nos relacionarmos uns com os outros e da relação com nós mesmos nessa era de Inteligência Artificial”. (Ed. Contexto).

*Grande perda em desastre de avião, dias atrás, do chinês Kongjian Yu, criador, em 2013, das chamadas cidades-esponja e um dos mais respeitados arquitetos no Ocidente e no Oriente. Yu transformava o tecido urbano em um sistema capaz de reter, limpar e infiltrar a água da chuva, e não fazê-la simplesmente escoar através de canais de concreto. Estudou em Harvard e salvou da devastação total pelas enchentes várias cidades do seu país, como Sanya (Hainan) e Nanchang (Jiangxi). E mais: alguns dos seus preciosos conceitos foram aplicados em Xangai, Nova York, Berlim e Copenhague. E em Porto Alegre?

*Yu voava sobre o Pantanal quando o avião em que se encontrava caiu e gravava um documentário sobre o bioma da região que funcionava como uma “esponja” natural capaz de reter e filtrar a água.

*Outra perda sensível, a do jornalista, crítico e pesquisador de cinema Alberto Shatovsky, grande companheiro do Caderno B do Jornal do Brasil, apaixonado pelo cinema e um dos criadores da cadeia de cinemas NET Estação, nos idos dos anos 50.

*Stasis — a guerra civil como paradigma político é nome da guerra civil na Grécia antiga, é o tema do “livro II da tetralogia Homo sacer, onde Giorgio Agamben propõe os primeiros passos rumo a uma ‘stasiologia’, teoria da guerra civil, e sustenta que é precisamente a guerra civil, a verdadeira linha de fronteira da politização no Ocidente. Um dispositivo paradoxal que, ao longo da história, ora despolitizou a cidadania, ora mobilizou o impolítico — e ressurge agora sob a forma do terror em escala planetária”, observa a editora do importante trabalho, a Boitempo Editorial.

*ONU: Grande discurso do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na íntegra, no Youtube (clique aqui).



*Léa Maria Aarão Reis é jornalista.

Ilustração de capa: Marcos Diniz

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