Grupo teatral celebra 20 anos de arte, afeto e ancestralidade
Há 20 anos, o Bando de Brincantes semeia arte, afeto e ancestralidade pelos caminhos por onde passa. Agora, é tempo de celebrar essa trajetória de encontros, memórias e encantamentos.
Ao longo dos meses de novembro e dezembro estão sendo realizadas uma série de atividades comemorativas — momentos de partilha, criação e celebração, pensados com carinho para honrar nossa história e fortalecer os laços que nos unem.
Na programação, espetáculos, exibições audiovisuais para público infantil, jovem e adulto, entre outras. O grupo segue com oficinas e leituras dramáticas – todas com entrada franca – até o dia 20 de dezembro. Todos os detalhes estão disponíveis no site www.bandodebrincantes.com.br. É possível acompanhar bastidores e informações também pelo perfil no instagram do grupo @bando_de_brincantes.
A iniciativa conta com o financiamento do programa Pró-Cultura da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, com recursos da Lei Paulo Gustavo e da PNAB (Política Nacional Aldir Blanc), do Ministério da Cultura do Governo Federal do Brasil.
Histórico
O Bando de Brincantes é um coletivo de arte dedicado à criação de trabalhos artísticos para crianças e jovens, com base no entendimento de que a arte possui um papel social extremamente relevante, o qual está em relação, mas não em subordinação, com outros campos do saber. Em vinte anos de trabalho, o coletivo realizou diversas peças de teatro, criações audiovisuais, livros, CDs e cursos de formação, embasados em uma práxis na qual a permanente prática artística está associada a estudos aprofundados sobre arte, educação e infância.
O nome Bando de Brincantes, inspirado nos folguedos populares brasileiros, surgiu em 2005, mas a trajetória iniciou em 2003, quando Viviane Juguero, diretora geral do coletivo, iniciou suas pesquisas sobre comunicação artística com a infância, realizando atividades de Arte e Expressão com centenas de crianças, em Escolas de Educação Infantil. Desde então, diferentes equipes realizam distintos projetos unidos por uma mesma filosofia, na qual a fruição artística é comprometida com a justiça social, a educação estética, a valorização da brasilidade, a representatividade racial e empoderamento infantil e feminino por meio da fruição artística.
Vale ressaltar que a diversidade é celebrada na representatividade presente em nosso coletivo, majoritariamente composto por pessoas negras e oriundas de grupos socialmente não privilegiados. Por meio do gerenciamento da escassez, o Bando realizou montagens nas mais diversas condições estruturais e apresentou para milhares e milhares de crianças nos mais distintos ambientes sociais. Este portfólio apresenta um pouco desta trajetória, construída por meio de laços colaborativos com parcerias nacionais e internacionais, com destaque para o Nordic Black Theatre.
Oficinas
Oficina de Iniciação à Acrobacia em Cena
08 e 15 de dezembro de 2025, das 19h às 21h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrante: Éder Rosa
Coordenação Pedagógica: Viviane Juguero
Ministrada pelo ator-acrobata Éder Rosa, a Oficina de Iniciação à Acrobacia em Cena propõe uma vivência corporal voltada à criação teatral, unindo técnica, expressão e ludicidade. Com mais de 20 anos de trajetória nas artes cênicas, Éder embasa a proposta em sua experiência no Bando de Brincantes, no Grupo Caixa Preta e no Circo Girassol, além de sua experiência com artes marciais, para explorar movimentos que dialogam com a construção da cena e o imaginário do corpo em ação.
Voltada a pessoas de 14 a 60 anos, a oficina valoriza o cuidado, a escuta e a sensibilidade, respeitando as possibilidades de cada corpo. Todas as pessoas são bem-vindas a participar dessa experiência que combina força, equilíbrio e poesia em movimento.
Público-alvo: Pessoas jovens e adultas, dos 14 aos 60 anos.
Artes para Infâncias e Juventudes: Da ideia à realização
Oficina reflexiva sobre especificidades artísticas, pedagógicas e de produção
12/12/2025, das 17h às 20h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrante: Viviane Juguero
Em comemoração aos 20 anos do Bando de Brincantes, a artista, dramaturga e pesquisadora Viviane Juguero conduz a oficina “Artes para Infâncias e Juventudes: Da ideia à realização”, um encontro dialógico que entrelaça teoria e prática. A atividade parte da trajetória de 30 anos de atuação artística e das duas décadas de direção do Bando de Brincantes, somadas às pesquisas realizadas em seu mestrado, doutorado e pós-doutorado, onde Viviane desenvolveu conceitos como lógica lúdica infantil, dramaturgia radical (inspirada na radicalidade de Paulo Freire) e democracia estética.
A oficina propõe uma vivência reflexiva e participativa, baseada nas perguntas e interesses das pessoas presentes, explorando os caminhos que ligam o sonho à concretização de obras artísticas voltadas à infância e à juventude.
Público-alvo: Profissionais e estudantes das áreas das artes da cena (teatro e audiovisual), educação e psicologia.
Oficina reflexiva sobre especificidades artísticas, pedagógicas e de produção
12/12/2025, das 17h às 20h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrante: Viviane Juguero
Em comemoração aos 20 anos do Bando de Brincantes, a artista, dramaturga e pesquisadora Viviane Juguero conduz a oficina “Artes para Infâncias e Juventudes: Da ideia à realização”, um encontro dialógico que entrelaça teoria e prática. A atividade parte da trajetória de 30 anos de atuação artística e das duas décadas de direção do Bando de Brincantes, somadas às pesquisas realizadas em seu mestrado, doutorado e pós-doutorado, onde Viviane desenvolveu conceitos como lógica lúdica infantil, dramaturgia radical (inspirada na radicalidade de Paulo Freire) e democracia estética.
A oficina propõe uma vivência reflexiva e participativa, baseada nas perguntas e interesses das pessoas presentes, explorando os caminhos que ligam o sonho à concretização de obras artísticas voltadas à infância e à juventude.
Público-alvo: Profissionais e estudantes das áreas das artes da cena (teatro e audiovisual), educação e psicologia.
Oficina de design gráfico
16/12/2025, das 18h às 21h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrante: Jéssica Barbosa
Princípios Básicos de Design Gráfico — O Processo Criativo no Bando de Brincantes
Esta oficina propõe uma imersão prática e reflexiva nos fundamentos do design gráfico a partir da experiência real de criação das artes do Bando de Brincantes.
Ao longo do encontro, os participantes serão convidados a compreender como conceitos essenciais — cor, tipografia, composição, hierarquia visual e identidade — se manifestam no processo de construção da linguagem visual do grupo. A oficina parte da observação e da análise das peças gráficas produzidas para espetáculos, campanhas e materiais de divulgação do Bando, mostrando como o design pode traduzir, visualmente, o espírito lúdico e coletivo do grupo.
Entre exercícios e conversas, os participantes experimentarão criar suas próprias composições gráficas inspiradas em elementos como teatralidade, movimento, oralidade e tradição popular, aprendendo a pensar o design não apenas como técnica, mas como ferramenta narrativa e poética.
Público-alvo: artistas, estudantes, comunicadores e interessados em design e artes visuais.
Carga horária: 3h (online)
Materiais necessários: papel, lápis, canetas coloridas e, opcionalmente, notebook com acesso a ferramentas de design digital (Canva, Illustrator, Photoshop).
Provocações Sensíveis sobre Acessibilidade no Teatro: Audiotransposição Poética – Concepção e Prática
Encontro Reflexivo híbrido (presencial e virtual)
19/12/2025, das 18h às 20h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrantes: Viviane Juguero, Josiane França e Paulo Fernando Soares
Público-alvo: Pessoas adultas que são profissionais das artes e da acessibilidade, além de interessadas no tema.
O Bando de Brincantes, em parceria com a Rede Internacional de Artes Inclusivas (IIAN) da ASSITEJ, por meio do Centro Brasileiro (CBTIJ), realiza mais uma edição do programa “Provocações Sensíveis sobre Acessibilidade no Teatro”, voltado à questão da fruição estética de crianças com deficiência visual por meio do que a dramaturga, diretora e pesquisadora Viviane Juguero, pessoa hipermíope, chama de audiotransposição poética.
A proposta visa manter o prazer estético dessas crianças, respeitando as especificidades da sua condição no período da infância e buscando manter a convivialidade da experiência teatral pluriperceptiva. A investigação vem sendo desenvolvida desde o ano passado em um diálogo entre Viviane Juguero, a ativista política e cultural Josiane França e o psicólogo Paulo Fernando Soares, ambos cegos, com a colaboração de Cleiton Echeveste, representante do (CBTIJ/IIAN).
O processo de criação da audiotransposição poética do espetáculo A Desconhecida Lenda de Maculelê pode ser conhecido no documentário homônimo, e o grupo segue agora o desenvolvimento dessa abordagem para o espetáculo Bambu Bambá, que parte de princípios artísticos e poéticos distintos. Neste encontro, a equipe compartilhará reflexões e avançará na elaboração dessa proposta sensível e inovadora.
Os links para o documentário e para as discussões anteriores estão disponíveis abaixo.
A Música na Cena
Oficina de Trilha Sonora
20/12/2025, das 15h às 20h
Sede do Bando de Brincantes
Ministrante: Everton Rodrigues
A oficina de Trilhas Sonoras percorre as opções possíveis de inserção de música em cenas, teatro, Tv e cinema, as possibilidades de produção da música ao vivo e gravada, além da tecnologia atual para que a música aconteça nessas diferentes mídias
Público-alvo: Pessoas acima de 16 anos, produtores e músicos em geral.
Leituras dramáticas
Florence
Leitura dramática seguida de bate-papo reflexivo
13/12/2025, 17h
Sede do Bando de Brincantes
Autora: Alice Childdress
Direção e tradução: Viviane Juguero
Elenco: Dedy Ricardo, Janaina Pellizzon, Éder Rosa, Fe Oliver e Henrique Rosa Juguero
Pesquisa e consultoria: Kathy Perkins
Realização: Bando de Brincantes
Sinopse:
Na programação do Porto Alegre em Cena de 2024, o Bando de Brincantes estreou no Brasil, a leitura dramática da primeira tradução da peça teatral “Florence” de autoria da renomada dramaturga negra estadunidense Alice Childress. O trabalho aborda questões como o racismo e o feminismo negro, por meio da história de uma mãe que resolve apoiar a sua filha artista, após conversar com uma mulher branca, em uma estação de trem. O texto, escrito em 1949, período de segregação racial nos Estados Unidos, situa-se nesta mesma época e país. A obra é inédita no Brasil e foi traduzida pela dramaturga gaúcha Viviane Juguero, que também assina a direção.
Após a leitura, haverá um bate-papo sobre a peça e a autora.
Indicação: +14 anos.
Duração: leitura + bate-papo: 120 minutos
Canto de Cravo e Rosa
Leitura dramática seguida de bate-papo reflexivo
14/12/2025, 17h
Sede do Bando de Brincantes
Direção e Dramaturgia: Viviane Juguero
Elenco: Diego Nayá, Éder Rosa, Henrique Juguero, Rodrigo Marques,Toneco da Costa e Viviane Juguero
Sinopse:
“Canto de Cravo e Rosa” é uma dramaturgia teatral para crianças, de autoria de Viviane Juguero, cuja temática central é a beleza da diversidade. O trabalho apresenta uma narrativa fabular estruturada por meio de diversas cantigas do folclore popular brasileiro, em um espetáculo divertido, musical e emocionante.
A primeira montagem do texto foi realizada pelo Bando de Brincantes, em 2007, sob a direção de Jessé Oliveira e permaneceu em cartaz até 2014, tendo sido apresentada em diversas cidades brasileiras. Em 2009, foi lançado o livro sobre a peça e, desde então, diversas montagens, estudos e criações têm sido inspiradas no trabalho.
Imagem destacada: Divulgação.




