Da REDAÇÃO
A Polícia Federal identificou movimentações financeiras atípicas envolvendo Jair Bolsonaro e membros de sua família entre março de 2023 e agosto de 2024. Os valores levantaram suspeitas de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Afinal, de onde vieram essas quantias milionárias?
Jair Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em um ano
O relatório da PF, com base em dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), aponta que Jair Bolsonaro recebeu R$ 30.576.801,36, enquanto retirou R$ 30.595.430,71 entre 1º de março de 2023 e 7 de fevereiro de 2024.
Parte dos recursos teria sido destinada ao pagamento de advogados e aplicações financeiras. A origem desses valores, no entanto, não foi esclarecida.
Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 4,1 milhões em menos de dois anos
Eduardo Bolsonaro também aparece no relatório com movimentações consideradas atípicas: R$ 2,1 milhões transferidos por seu pai e uma operação cambial de R$ 1,6 milhão. No total, são cerca de R$ 3,7 milhões identificados entre março de 2023 e meados de 2025, embora o levantamento aponte um montante próximo de R$ 4,1 milhões.
Carlos Bolsonaro movimentou R$ 4,8 milhões em um ano
Entre setembro de 2023 e agosto de 2024, Carlos Bolsonaro movimentou R$ 4,8 milhões. Um dos repasses mais chamativos foi de R$ 700 mil, feito pelo empresário Mário Pimenta de Oliveira Filho, referente à compra de um apartamento que antes pertencia ao vereador. O comprador, segundo relatou, só descobriu a ligação com Carlos após assinar os documentos em cartório.
Michelle Bolsonaro também aparece: R$ 2,9 milhões recebidos
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu R$ 2,9 milhões e gastou R$ 3,3 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024. Do total, R$ 1,9 milhão teria origem na MPB Business, empresa da qual é sócia.
Menções a “Bolsonaro ladrão” disparam no X após novas revelações
Dois dias após o indiciamento de Jair Bolsonaro por crime de coação ao tentar interferir na ação penal do golpe por meio de articulações com os EUA, a hashtag “Bolsonaro ladrão” alcançou o terceiro lugar nos Trending Topics do X.
Segundo levantamento da consultoria Nexus, foram 241 mil menções ao termo entre 21 e 22 de agosto, de acordo com dados obtidos pela Coluna do Estadão.
Os termos mais associados ao assunto foram “Jair Bolsonaro”, “STF” e “30 milhões” — este último em referência ao valor detectado pela PF nas contas do ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro tem até as 20h34 desta sexta-feira (22) para responder ao ministro Alexandre de Moraes sobre o plano de pedir asilo político na Argentina. O prazo foi definido após o indiciamento, que também incluiu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Indícios de corrupção?
A PF classificou as movimentações da família como “atípicas”, termo usado para transações que fogem do padrão de renda e perfil dos envolvidos. O Coaf enviou os dados ao STF sob suspeita de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos”.
Há ainda uma representação protocolada no STF, assinada pelo deputado Lindbergh Farias (PT), pedindo abertura de investigação contra Jair, Michelle, Eduardo e Carlos Bolsonaro por suspeita de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude processual.
O que está em jogo
Os números são expressivos e sem explicações públicas claras sobre sua origem. Para a PF e o STF, há indícios suficientes para investigar se a família Bolsonaro usou mecanismos de ocultação patrimonial e lavagem de dinheiro. Até agora, não há condenação, mas as apurações podem redefinir o futuro político do clã. Ao mesmo tempo, o tema ganhou força nas redes sociais, onde a pressão digital amplia os impactos políticos das investigações.
Ilustração da capa: Família Bolsonaro – Imagem gerada por IA ChatGPT
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Bolsonaro, Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, Polícia Federal, Coaf, STF, lavagem de dinheiro, corrupção, investigação, Bolsonaro ladrão, redes sociais, X, Coluna do Estadão





Uma resposta
Ladrão eles sempre foram e agem como.melicianos donos do terrenos há muito tempo
Cadeia pra eles é o mínimo que eles merecem