Petrobras aumenta produção de combustíveis e refinarias privadas reclamam

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Em maio passado, as refinarias da Petrobrás alcançaram uma marca histórica: atingiram 95% da sua capacidade de produção, número que não era alcançado desde 2015.

O fato ocorreu no mesmo mês em que a empresa desvinculou oficialmente seus preços do chamado Preço de Paridade de Importação (PPI) e deu início a uma sequência de corte dos valores dos combustíveis vendidos a distribuidoras, corroborando com a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “abrasileirar o preço” da gasolina e do diesel no país, os produzindo aqui.

Mas apesar das vantagens aos consumidores, teve quem não gostou desses números: as refinarias privadas, que se juntaram numa associação, a Associação Brasileira de Refino Privado (Refina Brasil), para questionar a Petrobras no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As empresas reivindicam que a estatal seja obrigada a vender a elas petróleo a preços iguais aos repassados pela Petrobras as suas próprias refinarias.

Com isso, a Petrobras acabaria produziria combustíveis com preços similares aos das concorrentes privadas, o que hoje encareceria o preço final. A única vantagem seria para as empresas, que teriam maior espaço no mercado de gasolina e diesel sem precisar reduzir preços para isso.

O Brasil de fato procurou a Refina Brasil, que não se pronunciou.

Já Petrobras informou para o portal que “o cenário de produção de petróleo no Brasil é bastante dinâmico, com a presença de mais de 60 produtores” e que, portanto, os “refinadores independentes podem suprir todo seu requerimento de petróleo sem dependência da produção da estatal”. A empresa ainda esclareceu que “a produção total dos demais produtores de petróleo nacional supera, com folga, a capacidade de processamento dos refinadores independentes”.

Além disso, a Petrobras acrescentou que “buscará construir uma solução para conciliar os compromissos assumidos anteriormente com as novas propostas a serem consideradas no [novo] Planejamento Estratégico”, que está em discussão pela nova gestão da empresa.


Com informações do Brasil de Fato 

Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

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