Por ANGELO CAVALCANTE*
Demóstenes Torres é desses que não aprende!
Li seu texto opinativo no Portal Goiás 246; o ex-senador tenta – apenas tenta! – ser engraçado e como já era esperado, seu escrito irá redundar, isso sim, em um largo desterro de preconceito, má intenção e muita… Muita ignorância!
Não foi por acaso que esse sujeito fora evaporado, defenestrado do Senado da República, inclusive com o apoio, a participação e a anuência de ex-aliados.
Pois sim… Vou sintetizar de forma ligeira a intenção do ex-senador. Como direitista inveterado que é, Torres, é claro, faz coro com a extrema direita para que o Presidente Lula faça um submisso e canino telefonema para o supremacista Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos.
No curso de seu maçante e inservível opinativo, cita o manjado argumento de que Lula, com frequência, trata com Vladimir Putin, o Presidente da Rússia e Xi Jinping, o mandatário chinês.
Na sequência, vem o pior… Demóstenes derrama um besteirol desatado onde tenta, digamos assim, fazer humor e o inacreditável acontece, o homem se esmera, peleja por ser irônico.
Nem uma coisa e nem outra… Não há qualquer fiapo de humor na produção de Torres posto que fazer humor exige talento, atenção e sagacidade, atributos inexistentes nessa figura.
A ironia, notável valor, sobretudo, dentre os gregos antigos; talento e atributo que enriquecem qualquer bom diálogo é, desse modo, o outro (mais um!) fracasso do pobre Demóstenes porque o que, ao fim, irá demonstrar é mesmo um profundo desconhecimento político e geopolítico.
O ex-senador, sem mediações ou ressalvas, escancara sua plena ignorância acerca do que são blocos econômicos logo e, do mesmo modo, blocos políticos e; por fim, o escrito “torreano” é, de fato e, tão somente, um amontoado bobo, preconceituoso, recheado e obeso de clichês e maldades.
Senhor Demóstenes, veja…
…O Brasil não faz acordos com regimes, seus negócios, tratados e alianças se dão com países; veja, repare o caso dos Estados Unidos e que o senhor bajula, venera com tanto ardor.
Os gringos, ora, fazem todo tipo e toda sorte de acordos com monarquias, tiranias e sistemas de governo do mundo. Acaso, as repúblicas e governos árabes são modelos democráticos?
Vejamos… Na desconhecida e odiada ilha de Cuba, antes da Revolução conduzida por Fidel Castro e Ernesto Guevara, era governada por um imenso ditador de nome Fulgêncio Batista.
Sabe quem era o “the one” na parelha e parceria com o sanguinário regime de Batista? Sim… o “lindinho” dos Estados Unidos!
O Brasil, a partir de 1964, era uma ditadura explícita e assumida ao ponto e na sanha de moer corpos e incendiar prisioneiros. A gringolandia, repare bem, fora parceira de primeira ordem desse morticinio.
A “guerra suja” na Argentina, conduzida por milicos alinhados às ordens e determinações dos Estados Unidos, perpetrou a maior onda de sequestros e desaparecimentos de bebês da história; sim, vosso modelar Estados Unidos, garantiu suporte, apoio e anuência para mais esse absurdo em “nuestra” latinoamerica.
A ditadura de Pinochet, no Chile, teve no seu aliado estadounidense, seu principal e mais destacado parceiro, apoio e suporte.
Sem delongas… Fico por aqui!
Agora, confesso… Dessa altura do campeonato ter que testemunhar bobagens e maluquices de um político velho e experimentado feito Demóstenes é dose…
Por obséquio, siga no anonimato e não se esqueça… Silêncio é praxe!
*Angelo Cavalcante é economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.
E-mail : angelo.cavalcante@ueg.br
Foto de capa: O deputado Sílvio Costa (PTB-PE) se exalta durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, aonde o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) prestaria depoimento | Agência Brasil





Uma resposta
Texto maravilhoso!!