Por EDELBERTO BEHS*
A história ensina: nenhum império dura para sempre. O império estadunidense, assim como o mongol, otomano, persa, romano, inglês, francês, alemão, soviético, também vai ruir. Nalgum dia. O presidente Donald Trump tem que se preocupar, e com motivos. O império está ruindo. E para “salvá-lo” Trump recorre a uma prática detestável: ou com armas, como em Gaza, ou atacando Estados parceiros comerciais, querendo humilhá-los com tarifaços.
O que impressiona é que governantes não aprendem as lições da história. Adolf Hitler ergueu-se politicamente contestando o Acordo de Versalhes, prometendo boas condições de vida ao povo, valorizando o marco. Foi à guerra, perdeu e o seu império de mil anos acabou junto com o orgulho alemão.
Trump quer fazer a América grande novamente. Com as “armas” que ele aplica certamente não alcançará o seu objetivo. O buraco é muito grande. E aplicando o arsenal bélico, a conta só crescerá. Os Estados Unidos chegaram a gastar 50 bilhões de dólares por ano na guerra do Afeganistão!
Segundo o Tesouro Nacional, a dívida dos Estados Unidos em 3 de julho era de 36,22 trilhões de dólares (cerca de 200 trilhões de reais). No último ano, a dívida nacional aumentou, em média, 3,75 bilhões de dólares (cerca de 20,5 bilhões de reais)!
A pergunta é: quem banca a dívida dos Estados Unidos? Trump quer descontá-la distribuindo-a mundo afora! Em maio, a dívida do consumidor estadunidense atingiu, de acordo com o Federal Reserve Bank de Nova Iorque, a alta histórica de 18,2 trilhões de dólares (cerca de 98 trilhões de reais) no primeiro trimestre de 2025. Ou seja, o americano médio devia 62,5 mil (345 mil reais) no período.
O sonho americano esvaiu-se.
*Edelberto Behs é Jornalista, Coordenador do Curso de Jornalismo da Unisinos durante o período de 2003 a 2020. Foi editor assistente de Geral no Diário do Sul, de Porto Alegre, assessor de imprensa da IECLB, assessor de imprensa do Consulado Geral da República Federal da Alemanha, em Porto Alegre, e editor do serviço em português da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC).
Foto de capa: Evan Vucci (AP)





Uma resposta
Vdd, chegou a HR dessa hegemonia acabar