Novos e velhos poderes em revolução

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 Por TARSO GENRO*

Voltei ao livro de Benjamin e li ao acaso em um capítulo intitulado a Teoria do Progresso a seguinte linha: o conhecimento sempre surge em relampejo. O texto é a longa sequencia de trovões que o sucede.” (Tomás Eloy Martinez, em “O cantor de tango”).

A volta das guerras, a busca de novas fontes de energia e a imposição da questão climática, como principais fatores de crise e também de acumulação de capital – nos distintos espaços geopolíticos globais – vêm revelando a necessidade de um novo pacto político-organizativo, no “topo” do sistema-mundo. Este novo pacto deverá buscar instituir, tanto por dentro dos Estados – nos países capitalistas mais desenvolvidos – como nas formas de organização política dos seus grupos, classes e estamentos internos, a formação de núcleos dirigentes com novas formas de organização e de comando político. Este processo é replicado em todas as regiões do mundo ocidental, parcial ou totalmente, como é replicada também – no mundo inteiro – a ausência, “na base” do sistema mundo, de novos laços orgânicos capazes de resistir à investida estratégica do novo tipo de Governo que os muito ricos desenham no mundo.

É por fora e acima dos partidos tradicionais que isso ocorrerá, já que os instrumentos de difusão de ideias e do seu controle deverão contar tanto com o apoio militante das mídias tradicionais conservadoras, quanto das “big-techs” que controlam a formação da opinião, além de buscar apoio nos canais da criminalidade global, organizada nos porões “alternativos” das redes. A partir destas novas formas de organização é que estão se formando os novos núcleos dirigentes, de novo, que disputarão a hegemonia política e o controle do aparato estatal de dentro e de fora dos novos governos que virão.  

Com a transmissão de sinais e dados, valores culturais e mercadorias materiais, informações em tempo real num mundo que funciona  através de fluxos financeiros  por bytes e informações políticas em rede com suas transações  instantâneas, é que se torna possível mesmo com lentes impróprias – que deformam o processo – visualizar que aquilo que ocorre de essencial em algum lugar do planeta, pode ocorrer simultaneamente em todos os lugares. Em “cada lugar do mundo”, seja por espelhos planos, côncavos ou convexos, é possível estar também em “outro lugar”, seja como mimese, no templo dos derivados subjetivos e dos estilos, seja como semelhanças trágicas ou patéticas, nos territórios do medo.

A globalização mercantil-financeira, que sucedeu a globalização das formas tradicionais de intercâmbio foi a via unificadora das mentes com o modo de vida mercantil e neoliberal, nos principais espaços sociais do globo. A ironia da história presente, todavia, é que a humanidade não respira pelos mesmos poros em todos os lugares. O local e o global nos lugares diversos são sempre um e outro, tanto no modo de vida do fascismo, quando este consegue se expor como novidade sedutora, como nos modos de vida da democracia liberal, pois ambos renovam não só a aparência dos velhos conflitos extremos na democracia política. Ali é quando a liberdade e a submissão com formas específicas se convertem, incessantemente, uma na outra. [1]

A subjetividade pública que infesta a Europa Oriental, os Estados Unidos e a Alemanha que, com maior ou menor intensidade afeta a América Latina, não é a causa do renascimento dos nazismos e dos fascismos.  É efeito, determinado por novas e também pelas velhas bases – econômicas e culturais – que produziram as pulsões e as regras dos regimes totalitários modernos. A desigualdade social, as desigualdades regionais, os ódios sociais incitados, a indústria militar ocupando milhões de pessoas em todos os níveis produtivos e as políticas de desorganização consciente do Estado, promovidas pelas políticas dos ricos e muito ricos, engajados na direita “liberal”, ampliam “a persistência dos pressupostos que produzem os (novos) tipos de fascismos (próprios) de cada época”[2].           

O Governo Trump trata, por isso mesmo, de formar uma nova dogmática na geopolítica das subjetividades, tanto para a expansão dos apetites privados do atual sistema liberal-rentista, como para a negação do conceito de Estado e de território soberano. Seu ultra liberalismo combina, com o seu protecionismo de grande potência, tantos momentos destinados as suas bases políticas internas, que lhe dão força para governar conveniado com as “big techs”, como – se der certo a sua estratégia – para organizar-se mundialmente para impor um governo “total” dos ricos.

A crise é o pulmão do sistema e a própria reconstrução das cidades, destruídas pelas guerras em sequência, faz com que a oxigenação dos meios de produção, logo reerguidos, transformem os desastres em negócios. As diferenças, todavia, entre as duas épocas modernas também estão marcadas pelo fato de que os seus fenômenos estão ligados em rede e os seus movimentos – com seus fluxos informativos e comunicacionais – fazem as normas.Nos novos modos de vida do mercado e também das agressivas condições de crise ambiental, que são igualmente propulsoras dos negócios, as normas se fazem na própria vida para se tornarem tanto novas leis como jurisprudências complacentes.

Depois da derrota do nazismo “cada menção elogiosa a uma grande firma na destruição das cidades (durante a guerra) contribuiu para o seu renome, graças ao qual elas conseguiram as melhores encomendas por ocasião da reconstrução”.[3] A crise, hoje, novamente, é o pulmão do sistema, maximizado pelas soma dos tempos de guerra, conjugados com a totalidade dos desastres naturais. Apontemos algumas falas simbólicas, em diferentes espaços geopolíticos, que mostram o espelhamento dos novos fluxos materiais e imateriais, que reproduzem – incessantemente – as condições políticas para o governo mundial dos ricos.

A fala de Vance

Na fragmentação da estrutura de classes legada pela 2ª Revolução Industrial, com os planos econômicos para recuperação do pós-guerra, com suas relações internacionais asseguradas pelo Pacto de Yalta, tanto se aproximam como diferem os grupos e classes que, paulatinamente, se reestruturam em novos corpos formais e informais. No topo, hoje, os conglomerados das grandes “big techs” e das suas empresas conjugadas organizam seu poder ideológico direto e reflexo, de forma unificada. Neste cenário novos discursos e novos tipos de políticos (ou “peritos”), se aprontam para enfrentamento dos novos desafios do novo capitalismo que emerge das cinzas de socialdemocracia.

A recente fala do Vice-presidente americano em Munique demonstra que a verdade ideológica e cultural do fascismo, seja em sua forma nacional-socialista ou simplesmente como forma de poder hiper-autoritário (políticas desumanizantes de um vasto setor da sociedade global) – aquela verdade – permanece intacta nas novas formas que o fascismo assume. Sobre a fala de Vance registra a grande imprensa:“(..) oitenta anos depois que soldados americanos libertaram Dachau, altos funcionários alemães acusaram Vance, neste fim de semana – e por extensão, ao presidente Donald Trump– de impulsionarem um partido político que muitos alemães consideram ser descendente do nazismo.[4] Os marcos são de uma nova época econômica, estética e comunicacional que, embora fragmentários, são unificados como nova estrutura do poder no mundo pós-moderno.

A fala de Trump

As novas mensagens em rede subjugaram a razão moderna sedenta de leis, mas bloqueada pelo deserto de instituições formais (jurídicas) para o controle dos crimes conexos, políticos e ambientais, em série, pela internet. Nos países afetados é quase impossível repor verdades contra o plano do novo “governo global dos

ricos”, que também se constituiu com as condições de submissão dos “poucos ricos”, hegemonizados para se sujeitarem ao império de um só governo mundial.[5] Para enfrentar a nova unidade no “topo”, as escassas organizações dos “da base”, bem como os políticos de esquerda em geral, não conseguiram buscar novos significados unitários, para o discurso reformista ou revolucionário.

Um governo corporativo dos ricos sobre a totalidade do planeta avança, então, em quatro terrenos de disputa, principalmente na Europa e no continente americano, territórios que são fundamentais tanto para a revogação da cultura do iluminismo democrático, como para cancelar a memória das liberdades políticas. O primeiro terreno é o da “ocupação” geopolítica das subjetividades, nos territórios de grande densidade populacional; o segundo terreno é aquele no qual o governo corporativo dos ricos se propõe a dominar as novas tecnologias, para o controle psíquico de todos que podem ser submissos; o terceiro terreno, os ricos já dominam plenamente, é o do controle das grandes finanças privadas e dos orçamentos dos Estados militarizados, para financiarem as guerras; e o quarto terreno, ainda em processo de definição, é o da apropriação dos espaços de soberania, para que ali sejam construídos templos de segurança contra o  crime organizado, em todos os níveis, num modelo que favoreça principalmente os interesses dos países ricos.

A fala do Estadão

Dia 8 de janeiro de 2024 o jornal  “O Estado de São Paulo estampava na sua primeira página, sem perder a naturalidade, que o “dono do Facebook se rende a Trump e tira freio a fake news”, manchete que chama atenção para um dos fatos-chave que insinuam a abertura de uma nova época. Nela deve se desenhar não um novo arcabouço institucional do Estado, tal qual ele foi conhecido na modernidade madura, mas um “não arcabouço” institucional de regulação privada, que desenha não predominantemente normas, mas comportamentos normativos, numa guerra de todos contra todos, observada do alto pelo cartel mundial do Governo dos ricos. Nela se formam os novos sistemas materiais e formais de hegemonia política do novo sistema-mundo, que vem atravessando um “vir a ser” que pode se configurar, sem necessidade de golpes de Estado, mas por um conjunto de momentos seriados de um certo tipo de exceção. O projeto é de um não-Estado, mas de um aparato sem qualquer função pública relevante, ocupado pelos muito ricos e assim compondo um novo governo privado, exclusivamente dos ricos e seus agregados num cartel mundial.

Neste novo mundo político cercado pela aceleração das novas capacidades hegemônicas dos muitos ricos – que já ocupam diretamente o Governo dos Estados Unidos – já pode ser percebido que o funil global das grandes economias capitalistas  drena a sua  força para alimentar as alianças da extrema-direita proto-fascista com a direita tradicional, e também estimula centenas de milhares de corpos irregulares de ação  criminosa, tanto nos porões das redes como nas selvas conservadoras mais tradicionais  das religiões de dinheiro.

A linha gaúcha da submissão

Nos lugares mais remotos do globo são gerados de forma aparentemente espontânea núcleos dirigentes daquele novo poder, onde pequenos, médios e grandes empresários locais (e também dos setores mais tradicionais da economia) mimetizam os políticos fascistas e neofascistas dos países mais avançados. Neste já clássico processo mimético eles expressam, não só sua admiração ou sua compreensão “sobre as guerras”, que estão devastando os capitalismos locais – concentrando poder e disseminando o ódio contra mais débeis – bem como minando o convívio mínimo de pertencimento social, que ajudaria a própria sociedade de classes a manter-se estável. São os sinais totais de guerra.

A imitação de tudo que ocorre nos países capitalistas mais desenvolvidos, todavia, se expressa em todos os lugares, não de forma idêntica, mas de maneira dissimulada e condicionada. Um prestigioso jornal empresarial regional (para dar exemplo de lideranças que poderiam orientar o setor público) chega a citar os nomes de quatro grandes empresários do Rio Grande do Sul como professores exemplares para dar ensinamentos aos políticos do Estado. Estes não são nomeadas porque o nosso objetivo com o presente texto não é um contencioso com empresas ou empresários em particular, mas com um empreendimento político compacto e homogêneo, que já está presente no Estado de modo atenuado e na Capital do Estado, de modo transparente.

Nesta, com as suas alianças específicas, está sendo montado um sistema de poder total na cidade: gentrificação radical do espaço urbano, ausência completa de qualquer participação da cidadania nas grandes decisões públicas, negacionismo climático e sanitário, bem como – no mínimo – uma postura de leniência das empresas de comunicação com as denúncias e investigações sobre corrupção. Nestas, o mantra dos finais de matéria, quando a situação se avizinhava do centro de poder, através de relações parentais e de subordinação administrativa direta chegou a ser: “o Prefeito não está sendo investigado”.

O discurso do jornal, não estranhamente, vai todo no sentido de idealização do setor privado e do governo dos ricos, quando diz de maneira quase religiosa: “Todo gestor público ou empresário deveria parar por alguns instantes para ouvir o que (eles) pensam. Os quatro líderes empresariais, referência em seus segmentos, são algumas das mentes mais lúcidas do estado (..)[6]. São algumas destas mentes lúcidas que, em diferentes graus e formas, estão presentes nos legados do negacionismo climático e sanitário do bolsonarismo, às vezes moderado, outras vezes radical, mas sempre patético que domina a cultura política do Estado.

Em Porto Alegre, durante o período mais crítico de assistência à população, na “tragédia climática”, enquanto a Polícia Civil, os Bombeiros, a Brigada Militar, a Guarda Municipal e o aparato institucional do Estado, em diversos níveis, incluindo contingentes das Forças Armadas, criaram uma formidável rede de apoio aos atingidos, uma “falange” de empresários liberais do RGS desdenhava da movimentação estatal e distribuía alguns poucos gêneros ( perante a dimensão da catástrofe) repetindo uma fórmula negacionista já conhecida: “só o povo ajuda povo”.[7]

A partir da eleição do Presidente Trump as conquistas da socialdemocracia, vigentes como rastros do iluminismo democrático num certo período histórico em todos os Continentes, continuam sendo designados como originários do “marxismo cultural”, cujas mensagens estão sendo substituídas – em nosso espaço regional e no mundo – pela proposta de um outro tipo de estado.

Este “estado”, cujo modelo universal deve ser o abrigo (ou caverna), que abrigue de forma coerente um Governo “total” dos ricos, vem com uma proposta de confiança primordial no poder burocrático dos ricos e muito ricos, que assim falseia sua politização com a naturalização do fascismo “por dentro” da democracia liberal. É uma forma suave, inclusive, que permite combinar, em todas as suas mensagens “o realismo mágico das metas inflacionárias, que infunde terrorismo fiscal (…) com a “imposição de uma taxa Selic impraticável”[8], que bloqueia o Estado Social em todos os seus poros e faz necessária, para todas as forças políticas, a inclusão do capital financeiro em qualquer sistema de alianças.

Os fundamentos filosóficos desta movimentação global, estão expressos na linguagem coloquial dos talentos neoliberais, que misturam um senso comum abstratamente anticomunista com ataques aos que não governam principalmente para as empresas locais e ousam formular programas de proteção aos pobres e excluídos. “O ser humano tem a tendência a buscar o controle mais fácil (…) – diz a articulista – (e vem os) juros altos, desconfiança política e manobras populistas para alimentar o ego dos governantes” (…) “por isso visualizemos com mais clareza o caminho em frente. A falácia do Estado-babá, que cuidará de todos, está cada dia mais visível, porque a conta está chegando. E ela é alta”[9]. Aqui já estamos falando também do ego dos futuros (eventuais) governantes, se o seu projeto que predicativo de privatização total do Estado e do modo de vida, for efetivado em algum momento. Ali esta possibilidade também existe. E ela também é alta. Na Argentina ela já chegou, através de um psicopata que fala com cachorros mortos.

Referências

[1](…) As lideranças, não conseguindo divisar “uma linha de política econômica alternativa (não conseguiram) tampouco conseguiram conceber uma política alternativa, de tal sorte que nem as tensões  federativas, nem a crise  da segurança pública, nem as carências enormes de infra-estrutura, nem a baixa taxa de investimentos, nem a desorganização da vida urbana, nem os desastres ecológicos iminentes, nem problemas agudos como o do transporte aéreo, nem as baixas taxas de crescimento, nem os escândalos e a consequente desmoralização das instituições parecem ser suficientes para sustentar uma política oposicionista digna desse nome.(…)TORRES, João Carlos Brum. CONJUNTURA BRASILEIRA E O MAL PAULISTA. Revista UFG,2025.Disponível em: <https://revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/48172>.Acesso em: 18 de fev.2025.

[2] ADORNO, Theodor W. Aspectos do novo Radicalismo de Direita. Tradução Felipe Catalani. São Paulo: Editora Unesp,2020,pg.31.

[3] Ibidem.

[4] Mas depois que o vice-presidente americano falou em Munique no dia seguinte, os líderes alemães questionaram se ele havia entendido efetivamente o que tinha acabado de ver. TANKERSLEY, Jim , Em The New York Times-Munique. Autoridades do governo Trump atacam consenso alemão sobre nazismo e discurso de ódio. O GLOBO, Rio de Janeiro, 2025. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/16/autoridades-do-governo-trump-atacam-consenso-alemao-sobre-nazismo-e-discurso-de-odio.ghtml>.Acesso: em:18 de fev.2025.

[5] (…) A proposta apresentada pelos capitalistas woke, entretanto, é diferente. (Cf. C. Rhodes, Il Capitalismo Woke, Turim, 2023). Sua consideração é que, como a política democrática não está mais apta a atender às expectativas de bem-estar dos cidadãos e como as entidades do Terceiro Setor não têm a força, embora tenham a vontade, para suprir a necessidade, os ricos e super-ricos devem substituir o Estado no cumprimento de suas tarefas na área de bem-estar, desde que não sejam sobrecarregados por um imposto fiscal sobre a renda acima de 15%.(…). ZAMAGNI, Stefano. Os super-ricos no lugar do Estado: uma ameaça à democracia. Instituto Humanitas Unisinos, 2025, Disponível em:<https://www.ihu.unisinos.br/648543-os-super-ricos-no-lugar-do-estado-uma-ameaca-a-democracia-artigo-de-stefano-zamagni>. Acesso em: 18 de fev.2025.

[6] (…)Retoma RS, eles resumiram iniciativas capazes de gerar um círculo virtuoso: suas empresas não atingiram o sucesso para depois implantar ESG. Chegaram a tal grau de excelência também por causa dessas práticas. LOPES, Rodrigo. RS tem a oportunidade histórica de mudar sua relação com o ambiente. GZH, Porto Alegre, 2025.Disponível em: <https://gauchazh.clicrbs.com.br/colunistas/rodrigo-lopes/noticia/2025/02/rs-tem-a-oportunidade-historica-de-mudar-sua-relacao-com-o-ambiente-cm73mueom007k01d1n149fu8n.html> .Acesso em: 18 de fev.2025.

[7] Diz o professor Marcelo Kunrath depois de uma pesquisa esclarecedora sobre este momento: “Acho que é a aposta da disputa ideológica. Não é só uma questão de interesse econômico ou político, porque isso eles já têm. Eles têm muito poder sobre a Câmara de Vereadores também, por meio de doações de campanha. Esses caras, de fato, têm um controle quase total. Não tem nenhuma proposta de lei do interesse deles que não passou na gestão do Melo. Alterações do Plano Diretor, mudança da legislação urbanística para poder construir empreendimento em área que não pode, autolicenciamento [de obras].É curioso porque grandes empresários geralmente não querem aparecer quando têm uma influência na política. Agora, a geração mais nova das famílias está assumindo a frente, estão mais engajados politicamente – não necessariamente na política partidária eleitoral, mas na disputa política na sociedade. É uma geração que se envolveu no processo do impeachment da [ex-presidente] Dilma Rousseff, que ajudou a bancar o MBL [Movimento Brasil Livre], a Brasil Paralelo.” KUNRATH, Marcelo. Enchentes no Rio Grande do Sul consolidam conservadores em Porto Alegre, diz sociólogo. Publica Agência de jornalismo investigativo, 2025. Disponível em: <https://apublica.org/2024/09/enchentes-consolidam-conservadores-em-porto-alegre-diz-sociologo/>. Acesso em: 18 de fev.2025.

[8] Um dos grandes problemas do país são as falhas no mercado de informação. Há um país pujante sendo desenhado nas pesquisas acadêmicas, em alguns setores de ponta, no desenho de uma política de terras raras, focada na transição energética, nos programas da Nova Indústria Brasileira (NIB).(…).

NASSIF, Luis. Um governo anódino sob uma mídia terrorista. GGN- O Jornal de todos os Brasis,2025. Disponível em:< https://jornalggn.com.br/coluna-economica/um-governo-anodino-sob-uma-midia-terrorista-por-luis-nassif/>. Acesso em: 18 de fev.2025.

[9] MAGNANI, Paola Coser. O pensamento fácil já não convence mais. GZH, 25.02.25. Disponível em:

https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/noticia/2025/02/o-pensamento-facil-ja-nao-convence-mais-cm7kyvqnl00cf013tw0isg4tw.html. Acesso em 12 de março de 2025.



*Tarso Genro é ex-governador do RS, ex-Prefeito de Porto Alegre, advogado, professor universitário, ensaísta, poeta. Foi Ministro da Educação, das Relações Institucionais e da Justiça.

Foto de capa:  Do documentário ‘Rebeldes de Sierra Maestra’ (1957).Bettmann Archive Bettmann (GETTY IMAGES)

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