De ALEXANDRE CRUZ*
Estamos em um mês que ganha tons mais profundos e significativos quando se fala em “Novembro Negro”. É um período de conscientização e reflexão sobre a trajetória da população negra, suas conquistas e os desafios persistentes que permeiam a sociedade brasileira.
Infelizmente, a violência policial ainda é uma realidade inegável para muitas comunidades negras. Os incidentes recentes em todo o Brasil têm destacado a necessidade urgente de reformas nas práticas policiais e um exame mais profundo das questões estruturais que perpetuam a brutalidade policial. É imperativo que, no Dia da Consciência Negra, usemos esse palco para pressionar por mudanças reais, como a implementação de treinamentos sensíveis à diversidade, revisão de políticas de uso da força policial e maior prestação de contas.
As oportunidades de trabalho muitas vezes refletem as desigualdades que persistem em nossa sociedade. A população negra enfrenta barreiras significativas ao acesso a empregos dignos e bem remunerados. Empresas e organizações precisam assumir a responsabilidade de criar ambientes inclusivos, promovendo políticas de contratação que valorizem a diversidade. Novembro Negro deve ser o momento de que a equidade no emprego é essencial para construir uma sociedade justa e igualitária.
A cor da pobreza é um fenômeno que não pode ser ignorado. Estatísticas mostram que a comunidade negra enfrenta níveis desproporcionais de pobreza, falta de acesso à educação de qualidade e serviços básicos. O Dia da Consciência Negra deve ser um chamado para ações concretas, incluindo a implementação de políticas públicas que visem a redução das desigualdades socioeconômicas e o fortalecimento das comunidades afetadas.
Novembro Negro é um período de reflexão mas também de ação. É uma oportunidade para todos nós, como sociedade, enfrentarmos as injustiças que persistem e trabalharmos juntos na construção de um futuro mais igualitário. Devemos utilizar este momento para promover diálogos abertos, buscar entendimento mútuo e, mais importante, agir para que a cor da pele não seja mais um fator determinante nas oportunidades e no bem-estar de uma pessoa. É tempo de transformar palavras em ações, e o Dia da Consciência Negra é a plataforma perfeita para começar essa jornada.
*Jornalista.
Imagem: divulgação Governo do RS.
Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaositered@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia.