MS Caridade faz campanha para adoçar a vida de crianças indígenas na Páscoa

translate

arzh-CNenfrdeitjaptruesyi
WhatsApp Image 2025-04-01 at 16.43.42

Por EUGÊNIO BORTOLON*

Projeto é mantido por três aposentadas e beneficiará este ano quatro aldeias guaranis e caingangues.
…..

As crianças de quatro aldeias das comunidades indígenas de Porto Alegre terão uma Páscoa mais doce e feliz. Será dia 27 de abril e o objetivo é atender as aldeias Anhetenguá, Fag Nhin, Ore Krupi e Tekoa Pindo Poty. Três são guaranis e uma caingangue e ficam localizadas nos bairros Lomba do Pinheiro e Lami. O atendimento atingirá 200 crianças. Uma campanha está disponível nas redes sociais através do pix e a intenção é arrecadar R$ 2 mil.
Com o dinheiro será comprado um kit para o lanche da tarde de cada criança indígena destas comunidades que serão visitadas. A intenção dos organizadores é encher cada sacola com wafer, bolacha recheada achocolorada, pitchulinha, pipoca, balas e pirulitos, chocolates e o que mais for obtido na campanha.
A festa é da entidade chamada MS Caridade, coordenada por três aposentadas: Ana Carolina Maria da Silva, Jucicléia Martins e Elizete Melo, amigas e companheiras na ajuda aos cidadãos mais frágeis da sociedade – como moradores de rua, drogados, bêbados, povos originários, crianças e cães abandonados e tantos outros em situação de miserabilidade. Nas redes sociais (como Facebook, Instagram, WhattsApp) elas fazem balanço permanente das suas ações e também mostram de onde vieram as doações. Gente de alto espírito voluntário.
O nome da organização é MS Caridade, criada por Eric Semensato. O MS do nome é uma homenagem à mãe de Eric, Márcia Semensato. O projeto começou em julho de 2019 e com o passar do tempo foi agregando novos colaboradores e também muitos administradores, em razão da disponibilidade de cada um, já que é um “trabalho solidário e voluntário”, diz Ana Carolina Maria da Silva, uma das três que estão envolvidas agora no trabalho, junto com Jucicléia Martins Marcos e Elizete Cristina Mello.
“Nos ultimos três anos as únicas que deram seguimento ao projeto fomos nós, ao lado de voluntários ocasionais e optamos por deixar o MS Caridade com o mesmo logotipo e nome ainda em homenagem ao fundador e sua mãe”, conta Ana Carolina.
O projeto começou com distribuição de 30 marmitas, mas chegou a mais de 500 em apenas uma noite quando o grupo tinha muitos colaboradores e focava mais na região central da capital. “As ações, como dependem de doações, eram feitas duas vezes por mês”. Depois se espalhou por vários bairros em razão de outros grupos priorizarem na distribuição de marmitas no centro, como Cidade Baixa e Bom Fim. O grupo também realizou ações nas vilas Papeleiros, Nazaré e Dique, mas enfrentou problemas com alguns moradores “espertalhões”, que queriam mais do que uma marmita, “e acabavam todo o tempo querendo nos enganar”.
“Caridade não é despejar comida, é um gesto de amor e muitos não entenderam nossas intenções”, lembra Ana Carolina. “Nos últimos três anos mantivemos a média de 200 marmitas por noite em locais mais descentralizados. Após as enchentes optamos por encerrar essas atividades de distribuição de comidas à noite, mantendo somente três ações para crianças em situação de vulnerabilidade social, para que uma das administradoras pudesse comandar um outro projeto paralelo para Pets (demanda imprescindível após enchentes) e que segue até hoje e necessita de auxílio financeiro para sua manutenção, o MS Caridade Pets”, relata Ana Carolina.
As três ações são Páscoa, Dia da Criança e Natal. Nestas aí há um acompanhante especial: o Palhaço Cebolinha, com muita atuação em vários bairros da cidade.

Problemas

Ana Carolina diz que nestes cinco anos de atuação o grupo não enfrentou grandes dificuldades com a segurança, mesmo atuando em áreas problemáticas. Foram praticamente proibidas de agir em apenas uma área, no Cantagalo. “O cacique queria presentes e comidas para toda a comunidade e não apenas para as crianças. Desistimos de ir lá. Nos mandou embora”. Nas ruas não enfrentaram assaltos e nem roubos. “Mesmo distribuindo marmitas à noite, nunca ninguém nos ameaçou. Só nos diziam obrigado. Tínhamos muitos anjos nos protegendo”.

Informações

Sede do projeto: Avenida Herval, 237. Bairro Cascata, Porto Alegre.
Pix para ajuda às crianças:
00827411073 e 45676607068 em nome de duas administradoras.
Meta da Páscoa das crianças indígenas: arrecadar R$ 2 mil.
WattsApp: (51) 99918- 9602.
Redes Sociais: Face e Instagram: MS Caridade


*Eugênio Bortolon é Jornalista.

Foto de capa: Divulgação

Os artigos expressam o pensamento de seus autores e não necessariamente a posição editorial da RED. Se você concorda ou tem um ponto de vista diferente, mande seu texto para redacaoportalred@gmail.com . Ele poderá ser publicado se atender aos critérios de defesa da democracia..

Gostou do texto? Tem críticas, correções ou complementações a fazer? Quer elogiar?

Deixe aqui o seu comentário.

Os comentários não representam a opinião da RED. A responsabilidade é do comentador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress