Ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores falou ao Estadão.
Divulgada nesta sexta-feira, 25, a entrevista de Celso Amorim ao portal mostra o conselheiro de Lula tranquilo com relação à posição dos militares na transição de governos. Segundo ele, “o comando das Forças Armadas respeita as instituições e é isso o que interessa”.
A publicação lembra que os militares ganharam protagonismo político na gestão de Bolsonaro, chefiando pastas importantes como Saúde e Minas e Energia, e estatais como Correios e Petrobras. Além disso, pontua que desde o fim do período eleitoral, apoiadores radicais de Bolsonaro estão acampados em frente a quartéis pedindo, entre outras coisas, a anulação da eleição de Lula e intervenção militar.
Mas para Amorim, o assunto já está ultrapassado e vai se dissipar após a saída do atual governo: “Eles (militares) querem olhar para o futuro. Todos querem olhar para o futuro. É página virada. A própria eleição virou isso para trás”. Ainda afirma que “tudo na política é delicado” e que relação conturbada de setores das Forças Armadas com o PT “não vai prevalecer”.
Sobre a possibilidade de voltar a chefiar o Itamaraty, Amorim apenas comentou que ainda não sabe e que “não é ele quem decide”.
Foto de Celso Amorim – site de Lula.