Um estudo do Serviço Geológico do Brasil divulgado na segunda-feira, 03, mostra que mais de 84 mil pessoas estão vivendo em áreas considerados de risco em Porto Alegre. As áreas são consideradas de risco por estarem vulneráveis a deslizamentos, enxurradas e quedas de barreira, por exemplo. Ao todo, o estudo indica 142 pontos de risco. O número é maior do que o último estudo feito em 2013.
2013
- Áreas de alto risco: 109
- Áreas de multo alto risco: 10
- Total: 119 áreas
2023
- Áreas de alto risco: 91
- Áreas de multo alto risco: 51
- Total: 142 áreas
Segundo a Prefeitura de Porto Alegre, das 17 regiões do Orçamento Participativo, 15 possuem alguma área de risco apontada no levantamento: Partenon (27), Glória (21), Leste (19), Sul (15), Ilhas (14), Norte (14), Centro-Sul (7), Restinga (7), Eixo-Baltazar (4), Nordeste (4), Extremo-Sul (3), Humaitá/Navegantes (2), Cruzeiro (2), Cristal (2) e Centro (1).
As 84 mil pessoas estão divididas em 20. 884 famílias/imóveis. Porém, o número de imóveis e de pessoas em áreas de risco pode ser maior. Em entrevista ao g1, a geóloga Debora Lamberty explicou que o número de casas é contado a partir de imagens de satélites, mas podem haver imóveis que não aparecem por conta da vegetação. Além das habitações, o levantamento considera que cada casa comporta quatro moradores, mas às vezes mais de uma família ocupa o mesmo imóvel.
A maioria das casas está localizada em ocupações irregulares no topo de morros, nas margens de rios e arroios ou perto de pedreiras abandonada. Para a retirar destes locais de risco, a Prefeitura de Porto Alegre formou um grupo de trabalho que vai avaliar a situação de cada família. Segundo a reportagem, a remoção de todas as famílias custaria R$ 2 bilhões à Prefeitura e a proposta já foi descartada.
Foto: Vinny Vanoni/PMPA
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