A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) definiu na segunda-feira, 29, a lista tríplice de candidatos à Procuradoria-Geral da República (PGR). Apesar da definição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já afirmou que não pensa em seguir a lista.
De acordo com o UOL, membros da PGR avaliam que a postura do presidente deve ao número de candidatos escolhidos. Desta vez, são apenas três nomes: José Adonis Callou, Luiza Frischeinsen e Mário Bonsaglia.
Em 2019, quando Augusto Aras foi escolhido, a lista possuía dez candidatos. Ele foi novamente selecionado em 2021.
A afirmação de Lula abriu a disputa para os nomes fora da lista. Segundo a reportagem, o subprocurador Antônio Carlo Bigonha, que criticou a prisão de Lula em 2018 pela Operação Lava Jato, e o vice-procurador-eleitoral Paulo Gonet Branco, próximo do ministro Gilmar Mendes, são cotados para o cargo. Nos bastidores, o atual procurador-geral, Augusto Aras, está buscando ter influência na escolha.
Em entrevista ao Reinaldo Azevedo, em março deste ano, Lula afirmou que irá refletir muito sobre a indicação. “Critério [para a escolha do PGR] será pessoal, de muita meditação, vou conversar com muita gente. Só espero escolher com a graça de Deus, um cidadão que seja decente, digno, de muito caráter e que seja respeitado pelos bons serviços prestados no país. Não penso mais em lista tríplice”, declarou.
Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR.
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