O grupo de conversas virtuais Nova Coonline, formado por jornalistas veteranos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Brasília, manteve uma produtiva conversa sobre Jornalismo e Cinema tendo como convidado especial o crítico do jornal Zero Hora, Ticiano Osório. O fato de a imprensa ser um tema fértil para o cinema, geralmente trazendo histórias reais impactantes, sustentou o debate sobre o assunto.
“O cinema é o mais persistente observador da imprensa”, escreveu certa vez o jornalista Alberto Dines. Exemplos não faltam, desde Cidadão Kane, baseado na trajetória do magnata da mídia William Randolph Hearst, a exemplos recentes, como Spotlight – Segredos Revelados, vencedor do Oscar em 2015. Por que o jornalismo é tão requisitado? “Porque, além de ser identificado como um quarto poder, tem o jornalista como personagem, com múltiplos perfis e desvios de caráter”, disse Ticiano. “Nós jornalistas somos personagens talhados para o cinema.”
Ticiano aponta o filme Todos os homens do presidente como um símbolo de como o jornalista pode ser até herói de uma nação, um caso exemplar de jornalistas íntegros, preocupados inclusive com a preservação da fonte. No outro polo cita A Montanha dos 7 Abutres, que mostra o jornalismo inescrupuloso, sensacionalista e mercantilista. Ele revelou que prefere usar a coluna no jornal e nas redes para recomendar filmes. “Diria que 80% da minha coluna são sugestões. Os outros 20% são obrigações, isto é, participo de cabines de imprensa e por uma questão de diplomacia, escrevo a respeito, mesmo não me sentindo estimulado”, disse o crítico.
Para quem quiser conferir, com comentários de várias outras obras sobre este tema, a conversa está publicada aqui:
Foto: iInternet
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