Da REDAÇÃO
Israel aprovou na noite desta quinta-feira (9) a primeira fase do acordo de paz com o Hamas, abrindo caminho para o fim do conflito na Faixa de Gaza. O plano, mediado pelos Estados Unidos, havia sido aceito previamente pelo Hamas nos últimos dias, mas só se tornou válido após a confirmação oficial do governo israelense.
Os termos do acordo de paz
Cessar-fogo imediato
Ambos os lados se comprometem a cessar todas as hostilidades dentro de 24 horas após a aprovação israelense.
Liberação de reféns israelenses
O Hamas libertará os reféns vivos e os corpos de mortos em até 72 horas. A primeira leva inclui cerca de 20 reféns vivos.
Troca de prisioneiros
Israel libertará 250 palestinos condenados à prisão perpétua, mais de 1.700 presos após o início da guerra, além de mulheres e menores detidos.
Ajuda humanitária e reconstrução
Estão previstas a reabertura de corredores humanitários e a entrada de ajuda à população de Gaza.
Governança provisória
Gaza será administrada por um comitê palestino tecnocrático com supervisão internacional. Hamas não precisaria abrir mão imediata do poder, mas deve aceitar os termos da transição pacífica.
Garantias e fiscalização do acordo
Embora não haja garantias absolutas, o acordo conta com a participação ativa de diversos mediadores internacionais. O Hamas afirmou ter recebido garantias formais dos Estados Unidos, além de Egito, Qatar e Turquia, de que Israel cumprirá o pacto.
Esses países atuarão como fiadores diplomáticos e acompanharão de perto a implementação dos termos, intermediando possíveis impasses e monitorando a situação em campo.
O governo dos EUA enviará cerca de 200 militares a Israel para auxiliar na fiscalização do cessar-fogo e no apoio logístico à transição humanitária. A expectativa é que observadores também monitorem os corredores de ajuda, a liberação de prisioneiros e a reestruturação administrativa de Gaza.
Ainda assim, persistem riscos: resistências internas em Israel, desconfiança histórica entre as partes e a ausência de penalidades automáticas em caso de descumprimento. O sucesso dependerá da pressão política dos garantidores, da atuação internacional em campo e da estabilidade interna de ambos os lados.
Linha do tempo dos próximos passos
| Data | Ação | Responsável |
|---|---|---|
| 10/10 | Início do cessar-fogo | Hamas e Israel |
| Até 13/10 | Liberação dos primeiros reféns vivos e corpos | Hamas |
| Até 13/10 | Liberação dos primeiros prisioneiros palestinos | Israel |
| 14/10 em diante | Entrada de ajuda humanitária e reconstrução inicial | ONU e ONGs |
| Outubro e novembro | Formação do comitê de governança em Gaza | Líderes palestinos com apoio internacional |
O acordo é parte de um plano mais amplo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, com 21 pontos que visam não apenas o fim da guerra, mas a reconstrução de Gaza e a criação de condições para uma solução política de longo prazo.
O cumprimento efetivo dos prazos e o compromisso das partes serão essenciais para a consolidação da paz. Medidores internacionais estarão presentes para garantir a aplicação dos termos.
Ilustração da capa: “Palestina Gaza Hamas Israel paz” / domínio público (CC0)
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Uma resposta
Porque os EUA, precisam aprovar? Se eles não incentivassem a compra de armas tão mortais, provavelmente, o conflito não seria essa catástrofe, nem teria durado tanto tempo. Os conflitos deveriam ser resolvidos, entre os países beligerantes. Qualquer insano monstruoso e ganancioso, acaba colocando em risco, a vida da humanidade e até mesmo, do nosso planeta. Os EUA, precisa aprender a respeitar,a Soberania de cada território, ou país. Esse mesmo problema, está acontecendo com a Guerra da Rússia e da Ucrânia. Indevidamente.