Pescadores de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, encontraram na Baía de Guanabara uma garrafa plástica produzida há 25 anos. O exemplar foi recolhido na semana passada, manualmente, na areia de uma das praias da Ilha do Pontal.
Trata-se de uma garrafa intacta de Coca-Cola de 2 litros, até mesmo com rótulo, de um lote comemorativo da Copa do Mundo de 1998, cujo rótulo traz caricaturas dos jogadores da seleção brasileira da época.
O g1 publicou que “segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma garrafa como a achada pelos pescadores gonçalenses demora 450 anos para se decompor no ambiente. Tampinhas têm um “tempo de vida” menor, de 150 anos; latinhas de alumínio custam de 200 a 500 anos a sumir, e o vidro resiste a gerações e gerações: 1 milhão de anos até a decomposição completa”.
Além disso, a publicação frisa que “uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que o RJ joga fora mais de R$ 2 bilhões em resíduos que poderiam ser reciclados”.
Colônias de pescadores realizam trabalhos de limpeza no Canal de Magé e nos rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, e nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, em São Gonçalo.
Mais de150 toneladas desse lixo já foram retiradas pela Federação de Pescadores do Rio de Janeiro desde fevereiro. A entidade mantém o programa Águas da Guanabara, que visa a quantificar e a qualificar os resíduos sólidos e a medir os impactos sobre a fauna e flora da Baía.
Foto: Reprodução/TV Globo