Da REDAÇÃO
O voto do ministro Alexandre de Moraes pela condenação de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, por tentativa de golpe e organização criminosa, gerou repercussão imediata na imprensa internacional e acirrou tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. O julgamento, que pode resultar em mais de 40 anos de prisão para o ex-presidente, é acompanhado de perto por veículos e governos estrangeiros.
Imprensa internacional acompanha julgamento de perto
Nos Estados Unidos, a agência Reuters noticiou que Moraes classificou Bolsonaro como líder de uma “organização criminosa” que tentou sabotar as eleições, com apoio de militares, desinformação nas redes e até um decreto para suspender o resultado eleitoral.
A Associated Press destacou que o julgamento está perto de um veredicto, com ênfase nas acusações envolvendo planejamento de atos golpistas antes e depois das eleições de 2022, culminando nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
No Reino Unido, o jornal The Guardian classificou o voto de Moraes como “potencialmente histórico”, ressaltando acusações de tentativa de assassinato de líderes políticos, envolvimento de militares e manobras para deslegitimar o processo eleitoral.
Na Europa continental, o espanhol El País publicou um guia explicativo sobre o julgamento, destacando a relevância do caso para a estabilidade democrática na América Latina.
Em publicação nas redes, o New York Times relatou que a bandeira dos Estados Unidos “virou o novo símbolo da direita brasileira”, visível em manifestações de 7 de Setembro, como expressão de homenagem a Trump e protesto contra a possível condenação de Bolsonaro.
Porta-voz de Trump fala em “poder econômico e militar”
Em coletiva nesta terça-feira, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, comentou o julgamento no Brasil. Ela afirmou que o presidente Donald Trump “não tem medo de usar o poder econômico e militar dos Estados Unidos para defender a liberdade de expressão no mundo”. A declaração não trouxe ameaça explícita de ação armada, mas foi interpretada como pressão política sobre o Brasil em meio ao processo.
O presidente Lula reagiu, classificando a fala como “interferência inaceitável nos assuntos internos do Brasil”. Já o STF reafirmou que conduzirá o julgamento “sem ceder a pressões externas”.lustração da capa: Repercussão internacional julgamento núcleo crucial tentativa de golpe de estado – Imagem gerada por IA ChatGPT
Assista ao voto do ministro Luiz Fux:
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